Açúcar, cacau e algodão também operam em alta
Os contratos das soft commodities na bolsa de Nova York abrem todos em alta. A chegada da primavera no Hemisfério Sul e a previsão de dias secos e altas temperaturas no Brasil, pelo menos até início de outubro, pesam sobre os preços.
Os contratos de café negociados para dezembro estão cotados a US$ 2,5895 por libra-peso, uma valorização de 3,27%. Sem mudanças nos fundamentos, a volatilidade é um reflexo da seca no parque cafeeiro do Brasil e da redução de projeções de volumes da safra 2025/26, tanto de consultorias privadas, quando entidades públicas. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), por exemplo, destacou na última semana que a safra deve chegar a pouco mais de 54 milhões de toneladas.
O déficit dos estoques no ICE também preocupam os agentes de mercado, enquanto os produtores seguram café à espera da melhora de preço, como informou o boletim de Eduardo Carvalhaes, do escritório Carvalhaes. Segundo ele, fundos e especuladores pressionam as cotações do grão arábica em Nova York e do robusta em Londres.
Os lotes para dezembro do açúcar estão em leve alta, de 0,13%, cotados a 22,77 centavos de dólar por libra-peso. Sem grandes mudanças, o demerara opera próximo à estabilidade, com tendência de se manter no campo positivo devido às secas do Brasil. O mercado está atento às chuvas de monções na Índia, origem produtora importante, para verificar se a curva de preços se inverte.
O cacau negociado para dezembro sobe 1,83%, cotado a US$ 7.798 a tonelada. Os preços da amêndoa têm oscilado bastante pelas questões de clima também nos maiores produtores africanos, Gana e Costa do Marfim.
Por fim, os negócios de algodão com mesmo prazo operam em alta de 0,29%, cotados a 73,73 centavos por libra-peso. O maior produtor do Brasil, Mato Grosso, finalizou na sexta-feira (20/9) a colheita da pluma, enquanto agentes aguardam o tamanho real da safra no país e nos Estados Unidos, onde a commodity ainda está na fase de campo.