O ano começou com desvalorização para o mercado futuro do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Future US). O dia foi marcado por forte recuo durante o pregão e as cotações encerram o primeiro dia útil de negócios com queda de 1,24% nas principais referências.
Março/22 teve queda de 280 pontos, negociado por 223,30 cents/lbp, maio/22 teve baixa de 270 pontos, cotado a 223,30 cents/lbp, julho/22 teve baixa de 265 pontos, valendo 222,60 cents/lbp e setembro/22 teve queda de 270 pontos, valendo 221,80 cents/lbp.
“O café arábica caiu para uma baixa de 7 semanas na segunda-feira, já que os sinais de chuva adequada no Brasil geraram uma longa pressão de liquidação nos futuros do café”, destacou a análise internacional do site Barchart.
Segundo Haroldo Bonfá, analista da Pharos Consultoria, vários fatores influenciam a queda do arábica no primeiro pregão do ano. “Janeiro é marcado pelo balanceamento das carteiras (das posições nos fundos) e se estima que haverá a necessidade da venda de 20 mil contratos no café arábica, o que deve pressionar o mercado, como de fato já está ocorrendo”, explica.
Com relação à previsão de chuva no parque cafeeiro, os modelos mais recentes do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) indicam que todas as áreas de produção em Minas Gerais e em São Paulo têm previsão de bons volumes nos próximos dias. O setor cafeeiro no Brasil mantém as atenções voltadas para o clima, sobretudo agora na fase de enchimento de grãos. Chuva abaixo da média neste momento poderia trazer ainda mais problemas na safra 22.
Os preços do café também estão na defensiva devido à preocupação de que o recente aumento de infecções na Covid-19 levará a bloqueios globais e restrições de viagens que fecham cafeterias e reduzem a demanda por café. A Holanda impôs um bloqueio nacional até 14 de janeiro, Israel e Japão já fecharam suas fronteiras para visitantes estrangeiros e outros países impuseram restrições de viagem.
“Um recorde de 10 milhões de pessoas em todo o mundo foram infectadas com a Covid de uma semana a domingo. A média de 7 dias de novas infecções por Covid nos EUA subiu para um recorde de 404.743 no domingo”, acrescenta a análise internacional.
No Brasil, o mercado interno acompanhou e encerrou com desvalorização nas principais praças de comercialização do país.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 1,05% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.415,00, Poços de Caldas/MG teve queda de 1,40%, cotado a R$ 1.410,00, Franca/SP teve queda de 1,83%, valendo R$ 1.430,00.
O tipo cereja descascado teve queda de 0,66% em Guaxupé/MG, valendo R$ 1.505,00, Poços de Caldas/MG teve baixa de 1,32%, cotado a R$ 1.500,00 e Varginha/MG manteve estabilidade por R$ 1.510,00.