Ministra da Agricultura reforçou críticas ao protecionismo de países desenvolvidos
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, reforçou, nesta quarta-feira (25), a sustentabilidade ambiental da agropecuária brasileira. Em Bonito (MS), em discurso de abertura da 9º Reunião de Ministros da Agricultura do Brics – bloco composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – e distribuído à imprensa, ela disse ter “muito orgulho” da sustentabilidade econômica e ambiental da agricultura brasileira.
“Trabalhamos incessantemente para promover iniciativas como a recuperação de pastagens degradadas, a ampliação das áreas de plantio direto, a integração lavoura-pecuária-floresta, a adoção de técnicas de fixação biológica de nitrogênio e o uso de tecnologias de tratamento de resíduos animais”, mencionou.
Ela comentou que a agricultura brasileira é baseada em inovação, que “viabiliza crescentes ganhos de produtividade”. Acrescentou, ainda, no discurso, que “agricultura, agroindústria e bioeconomia podem e devem ser sinônimo de desenvolvimento, geração de renda e oportunidades”. Por isso, advertiu ser “crucial” considerar agricultura e segurança alimentar conjuntamente às questões de comércio agrícola.
“O protecionismo em países desenvolvidos tem ameaçado a viabilidade de uma revolução verde em países em desenvolvimento, por expô-los à competição injusta de bens subsidiados e por negar acesso a mercados consumidores importantes”, criticou.
A ministra lembrou também que um comércio agrícola “de fato livre e justo” permitiria a disseminação de melhoria das condições no campo. Assim, para ela, o protecionismo ameaçaria até mesmo a inovação, “vetor de desenvolvimento que se encontra hoje sob ameaça das práticas, talvez até bem intencionadas, mas com amplos efeitos nocivos, de países ricos”, mencionou, no discurso.
Fonte: Globo Rural