As cotações futuras do café arábica encerraram a sessão desta quarta-feira (07), com leves baixas na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). O mercado externo realizou ajustes ante a alta na véspera e seguiu divulgação de superávit global.
O vencimento setembro/19 encerrou a sessão com queda de 15 pontos, a 96,90 cents/lb e o dezembro/19 anotou 100,30 cents/lb com perdas de 30 pontos. O contrato março/20 recuou 30 pontos, a 103,85 cents/lb e o maio/19 perdeu 35 pontos, a 106,15 cents/lb.
O mercado do arábica testou reação na véspera após uma sequência de baixas nos últimos dias. Nesta quarta, no entanto, um movimento corretivo foi registrado no terminal, mas outros fatores também pesaram sobre os preços, como a divulgação da OIC.
A OIC (Organização Internacional do Café) elevou a projeção de produção global de café em 2018/19 para 168,77 milhões de sacas de 60 kg. Um superávit de 3,92 milhões de sacas. A estimativa anterior da organização era de 167,75 milhões de sacas.
Segundo o site de internacional Barchart, os futuros do arábica também foram pressionados no dia pelas oscilações do dólar ante o real. “O real testou baixa de mais de dois meses contra o dólar nesta quarta-feira, o que estimulou a venda para exportação”.
Às 17h, pouco depois do fechamento do arábica na ICE, o dólar comercial subia 0,48%, cotado a R$ 3,975 na venda acompanhando cenário aversão ao risco com a disputa EUA-China. Na véspera, a moeda estrangeira encerrou o dia praticamente estável.
Mercado interno
O mercado do café arábica no Brasil encerrou o mês de julho com quedas, mas neste início de agosto alguns picos de alta já voltaram a ser registrados. Segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP), a pressão veio da desvalorização externa da variedade e dólar.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor em Guaxupé (MG) com saca a R$ 470,00 – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças foi em Varginha (MG) com baixa de 1,15% e saca a R$ 430,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 420,00 e alta de 1,20%. A maior oscilação foi em Poços de Caldas (MG) com alta de 1,23% e saca a R$ 410,00.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 421,00 – estável. A maior variação foi no Oeste da Bahia com alta de 1,99% e saca a R$ 385,00.
Na terça-feira (30), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 404,66 e alta de 0,46%.