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novembro 25, 2024
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Adubo orgânico: como fazer um produto biológico com esterco de galinha Aprenda a transformar a titica em uma rica fonte de nutrientes para solo de jardins, hortas e lavouras

Otimizar os recursos caseiros é uma boa oportunidade para melhorar a produção rural. Na criação de galos e galinhas, é possível usar o esterco das aves para melhorar a saúde de pequenas hortas e plantações.

Simples de ser produzido, este insumo biológico é indicado para ser feito pelos criadores e fornecedores de frango caipira. Ou seja, para quem alimenta os animais apenas com alimentos naturais e orgânicos. Além disso, só pode ser feito na zona rural, visto que algumas cidades brasileiras proíbem a criação de aves em ambientes urbanos. Reunimos dicas para você poder fazer o seu próprio adubo com titica de galinha. Confira:

O que é preciso?
O básico é o esterco e a palhagem usada no chão do galinheiro (conhecida como cama de frango). “Pode usar outros compostos também, como a matéria orgânica de resíduos da cozinha: cascas e talos de vegetais”, afirma Beatriz Carvalho, geógrafa, ambientalista e diretora executiva da Mato no Prato, empreendimento de educação ambiental.

Como fazer?
O primeiro passo é decidir onde o material ficará: composteira, caixotes de pallets ou vala, por exemplo. Em seguida é preciso recolher separadamente a titica e palhagem. Para a montagem, é necessário intercalar camadas de esterco, serragem e outros materiais (como os resíduos orgânicos).

Qual o tamanho das camadas?
Depende do local em que o insumo será produzido e da quantidade de material que a pessoa tiver à disposição. Para ter um parâmetro, Carvalho indica medir um palmo para cada camada.

Quanto tempo leva para o insumo ficar pronto?
De três a seis meses. Segundo a geógrafa, o clima e local de produção são os principais fatores que podem interferir nesse intervalo.

Quais cuidados é preciso ter?
Controlar a umidade do solo, para que o processo de decomposição seja realizado com eficiência. Além disso, é preciso prestar atenção para ver se o esterco “desapareceu”. Em sua forma bruta, o dejeto apresenta alta concentração de bactérias, como a salmonella patogenia. “Você nunca deve aplicá-lo diretamente em seu jardim ou plantação. A acidez é muito grande e, se você usar antes da hora, pode comprometer a saúde das plantas e até queimar as folhas”, alerta Carvalho.

Devo inserir água?
O ideal é deixar a própria umidade do composto agir! Inserir mais água pode comprometer a qualidade do adubo.

Como sei que o adubo está pronto?
Segundo a especialista, o insumo caseiro poderá ser usado quando apresentar uma terra úmida, mais soltinha, leve, fresca, sem cheiro e de coloração quase preta.

Em quais plantações posso usar?
Uma das vantagens do insumo feito com a titica de aves é que pode ser aplicado em várias lavouras. Por conter nitrogênio, beneficia a produção de milho e feijão, por exemplo. Há também fósforo e potássio como nutrientes.

Quais os benefícios?
“O esterco de galinha é um fertilizante seguro e ideal para o jardim de sua casa. Ele adiciona matéria orgânica ao solo e aumenta a capacidade de retenção de água e as bactérias benéficas presentes na terra”, diz Carvalho.

E se o processo der errado?
O excesso de umidade pode atrapalhar a decomposição. Caso o produtor tenha esse problema, o indicado é inserir mais elementos de sucção, como palhagem, folhas secas e até papel picado.

O tamanho dos materiais inseridos no composto também podem afetar o desempenho. As espigas de milho, por exemplo, levam mais tempo para se decompor. Nessa situação, o recomendado é passar as espigas por um picador de vegetais. “Quanto menores as partículas, mais rápida é a decomposição”, fala a especialista.

Se o processo errado estava em uma composteira ou caixote, ela ainda indica que esse recipiente seja higienizado para que antigos microrganismos ou insetos não contaminem a próxima matéria.

Tem validade?
Carvalho sugere usar o novo insumo em até 12 meses, pois  quanto mais antiga for a terra, mais terá diminuído seu poder de nutrição. Contudo, ela ressalta que este processo de perda é muito demorado e que não há um prazo de validade para o adubo. “Como é possível acrescentar novos compostos, acaba revitalizando a matéria”, comenta.

Fonte: G1 Globo Rural

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