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novembro 25, 2024
Agricultura

Regimento Interno do Consórcio Pesquisa Café é aprovado por Conselho Diretor

O Regimento Interno do Consórcio Pesquisa Café foi aprovado pelo Conselho Diretor do órgão em reunião ordinária ocorrida na tarde desta quarta-feira, dia 29. O Consórcio foi constituído em março de 1997, mas não possuía o documento que regulamenta sua organização e funcionamento. Em última instância antes de sua publicação, o regimento será submetido ao Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC), que faz parte da estrutura organizacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Na abertura da reunião, o presidente da Embrapa, Celso Moretti, que também é presidente do Conselho Diretor do Consórcio, destacou três grandes tendências que devem ser priorizadas nos programas de pesquisa para que a cafeicultura seja ainda mais competitiva e sustentável: a descarbonização da produção e a adaptação de culturas às mudanças climáticas; a agricultura digital, com utilização de internet das coisas (IOT, na sigla em inglês), de drones e de outras tecnologias digitais; e a biorrevolução, com a utilização de ferramentas de edição gênica.

O Chefe-geral da Embrapa Café, Antonio Fernando Guerra, apresentou dados que demonstram que a constituição do Consórcio Pesquisa Café impactou positivamente na evolução do setor cafeeiro. A produção brasileira do grão passou de 18,9 milhões de sacas em 1997 para 47,7 milhões em 2021, com projeção de alcançar 55,7 milhões na safra atual. O valor Bruto da Produção foi ainda mais considerável no período, passando de R$ 4,4 bilhões para R$ 43,5 bilhões e devendo alcançar R$ 71,2 bi em 2022. “Essas números acompanham a crescente alta no consumo mundial de Café, o que torna o trabalho do Consórcio cada vez mais relevante”, afirma Guerra.

O Conselho Diretor do Consórcio Pesquisa Café é integrado por 10 instituições fundadoras, todas reconhecidas pela excelência na área de ensino, pesquisa e transferência de tecnologia em café. Unidas por canais de intercâmbio científico, essas instituições consolidam um modelo de trabalho sistemático e coletivo, que é único em todo o mundo.  São elas: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa); Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper); Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig); Instituto Agronômico (IAC); Instituto Agronômico do Paraná (Iapar); Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro (Pesagro-Rio); Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa); Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB); Universidade Federal de Lavras (Ufla); e Universidade Federal de Viçosa (UFV).

Braço tecnológico do Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC), com o qual discute e orienta a realização do maior programa mundial de pesquisa em café, o Consórcio é composto por instituições que estão situadas nos principais estados produtores do grão.  As pesquisas são realizadas com recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) e de outras fontes. Além das instituições fundadoras, outras 30 instituições compõem a rede.

Atualmente o Consórcio Pesquisa Café conta com 98 projetos de pesquisa em andamento e atendem aos temas estratégicos estabelecidos para o PNP&D/Café. A maior parte dos projetos (25,3%) são voltados ao melhoramento genético de cafeeiros focados em aumento da qualidade e resistência a pragas, doenças e à seca, dentre outros. Serviços ambientais relacionados às mudanças climáticas e sistemas de produção são o foco de 18 projetos, que equivalem a 18,9% da carteira. Os demais projetos são relacionados ao fortalecimento de bancos de germoplasma; à irrigação; ao desenvolvimento de novos produtos à base de café e de embalagens; e à adaptabilidade da produção para Indicação Geográfica. Em torno de 450 ações de pesquisa são realizadas com a participação de cerca de mil profissionais.

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