No quadro Giro pelo Brasil desta terça-feira, 17, o médico veterinário João Neto, gerente de confinamento da JBS, de Xinguara (PA) falou sobre as vantagens da terceirização da engorda e terminação através da “Parceria 85-15”, que é uma das novas modalidades para o pecuarista dentro dos confinamentos da JBS.
Nesta modalidade, o pecuarista recebe pelas arrobas do boi magro, aferidas logo na entrada do animal no confinamento, e, no final, recebe 15% do preço das arrobas engordadas quando o bovino está pronto e vai para o abate. Os 85% restantes das arrobas custeiam a terminação dos animais.
Por exemplo, se o pecuarista dá entrada com um animal com 10 arrobas, este valor já é integralmente dele. Se no final da engorda, o animal pesar 20 arrobas, a engorda efetiva foi de 10 arrobas. Isso significa que o pecuarista receberá o valor de 15% dessas 10 arrobas (1,5 arroba) e 85% das 10 arrobas (8,5 arrobas) servirá para custear toda a engorda do animal.
“Semana passada eu ajudei a embarcar nesta nova modalidade mil animais de um pecuarista do Pará que confinava todo ano. Quando apresentei para ele essa nova modalidade, ele resolveu não confinar esse ano e mandou os animais dele para que nós os engordássemos. Ele viu que o retorno seria maior pois não teria de pagar pela mão de obra e nem o desembolso para comprar os insumos”, diz Neto.
O ganho para o pecuarista supera os ganhos médios previstos para este ano, segundo os resultados financeiros do Tour de Confinamento de 2021, realizado pela fabricante de suplementos nutricionais DSM com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo (Cepea-USP). Para este ano eles preveem uma taxa de lucro de 13,37%.