Secretaria de Agricultura de SP lança Câmara Setorial de Algodão, Milho e Soja.

No evento de lançamento, também foram apresentadas medidas fitossanitárias para o Controle de Bicudo no Algodão e o Controle de Ferrugem na Soja no Estado

A cadeia produtiva das culturas de algodão, milho e soja passam a integrar o conjunto de Câmaras Setoriais promovidas pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de SP. Hoje (04/04), em um evento que reuniu lideranças e produtores dos setores, foi assinado pelo secretário de Agricultura, Guilherme Piai, e o coordenador das Câmaras Setoriais e Temáticas (CCST), José Carlos Faria, o lançamento da Câmara Setorial de Algodão, Milho e Soja, em Paranapanema, sudoeste do Estado.

As CCST fazem parte de um conjunto de ações promovidas pela Secretaria de Agricultura, que visa integrar às políticas públicas aos produtores rurais de determinada cadeia produtiva, ouvindo as necessidades do setor, fortalecendo ações e suprindo as necessidades de cada cultura. “É importante ouvir o setor e desenvolver políticas públicas de acordo com as necessidades. Essa interação com a SAA faz com que o governo aprenda com a Câmara Setorial, lançando políticas mais assertivas para cada região e cultura”, pontua Piai.

A Câmara Setorial de Algodão, Milho e Soja será presidida por Thiago Trintinalio, gerente Comercial de Commodities Agrícolas (Cereais e Algodão) da Cooperativa Agro Industrial Holambra. “O grande objetivo é fortalecer essas cadeias produtivas, trazer os integrantes para participar ativamente, desde o agricultor, cooperativas, cerealistas e fazer esse elo com a SAA”, ressalta Trintinalio.

Na ocasião também foram apresentadas medidas fitossanitárias para o Controle de Bicudo no Algodão e o Controle de Ferrugem na Soja no Estado de SP, além da resolução sobre o vazio sanitário do algodão.

O vazio sanitário é o período em que os produtores não podem realizar a semeadura da cultura. A técnica é adotada na entressafra, período entre o início de uma safra e outra, para o combate ao bicudo-do-algodoeiro. A duração mínima do vazio sanitário é de 90 dias.

O bicudo-do-algodoeiro é a principal praga da cultura, capaz de dizimar até 70% da área em uma única safra. Vale destacar que São Paulo, que já foi um grande polo produtor de algodão e da indústria têxtil, vem retomando a atividade no campo há cinco anos. “O Estado de São Paulo possui 10 mil hectares de algodão, sendo aproximadamente 37% localizados no sudoeste paulista, com alta tecnologia e produtividade. O vazio é uma medida fitossanitária eficaz para a cadeia e contribui para uma produção mais sustentável”, afirma Thiago.

“O evento reuniu cooperativas e produtores para debater as melhores estratégias para essas culturas. A Câmara Setorial tem essa função de ouvir e unir o setor do agro para que todos os projetos voltados para a Agricultura sejam criados com o aval de quem realmente está no campo”, conclui José Carlos Faria. A relação sinérgica entre o Poder Público e a sociedade civil, estabelecida pelos encontros e debates constantes realizados pelas Câmaras Setoriais e Temáticas, possibilitam a identificação das reais prioridades de atuação da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, inclusive, identificando a necessidade de novas Câmaras, para a implantação de políticas públicas desenvolvidas para o agronegócio paulista.

Por Caroline Guimarães

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