SAFRA DE CANA-DE AÇÚCAR 2024/25 SERÁ AFETADA POR CALOR E DÉFICIT HÍDRICO.

Dados da Conab indicam queda na safra de cana 2024/2025, de 3,8% no país e de 7,4% em São Paulo, em decorrência dos eventos climáticos extremos, como ondas de calor e falta de chuvas.

Relatório produzido pelo Departamento Econômico da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), projetam uma produção de 685,9 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na safra 2024/25. Uma queda, de 3,8% em relação à última safra. Para a safra paulista de cana 2024/25, a Conab prevê uma queda de 7,4% em relação à safra anterior, atribuída principalmente à diminuição do rendimento médio dos canaviais devido a adversidades climáticas, como o déficit hídrico.

O ATR (indicador de açúcar na cana) médio está previsto para registrar aumento de 1,1% em comparação ao ciclo anterior, alcançando 136 kg/ton. No entanto, o ATR total é projetado em 93,3 milhões de toneladas, uma queda de 2,8%.

A expectativa é de que o estado de São Paulo, maior produtor de açúcar do país, priorize a produção do adoçante, impulsionado pelas dificuldades enfrentadas por outros países produtores de açúcar, também devido a problemas climáticos. A produção de etanol em São Paulo é projetada em 12,11 bilhões de litros, uma queda de 12,4% em relação ao ciclo anterior, com o etanol hidratado registrando o maior declínio, de 22,6%.

Os dados destacam os desafios enfrentados pelo setor sucroenergético brasileiro e suas projeções para a próxima safra, evidenciando a necessidade de adaptação às condições climáticas e à competição com outras culturas agrícolas, como o milho, no caso do etanol.

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