Dicas importantes de alimentação de vitelos

“Após o nascimento, o colostro é a mais importante alimentação dos vitelos, pois lhes fornece anticorpos para resistência a doenças comuns ao período neonatal. Fornecido integralmente ao bezerro neonato, nos primeiros três dias de vida, o colostro é a secreção produzida pela glândula mamária, no início da lactação, com durabilidade de até seis dias”, ressalta José Henrique Bruschi, professor do Curso CPT Produção de Vitelos.

Vale lembrar que a placenta da vaca não transfere anticorpos para o feto, o que torna os bezerros neonatos vulneráveis a uma série de doenças. Em contrapartida, esses anticorpos, ou imunoglobulinas, estão presentes no colostro e são transferidos aos vitelos recém-nascidos nas primeiras mamadas. Mais especificamente, nas seis primeiras horas após o nascimento.

Devem ser ingeridos pelo vitelo 6 kg de colostro (ou mais) para que as imunoglobulinas o protejam de quaisquer agentes patogênicos, dentre eles, os causadores de diarreia. Além disso, esse importante alimento é fonte de vitaminas e minerais, indispensáveis à boa nutrição do bezerro, para lhe proporcionar maior vigor e vitalidade.

Alimentação após o colostro

Na produção de vitelos, o pecuarista deve garantir a sobrevivência dos animais nas três primeiras semanas de vida. Ao passar esse período crítico, o objetivo do produtor torna-se outro: maximizar o ganho de peso dos bezerros. Para isso, devem ser fornecidos diariamente 4 kg de leite integral, por vitelo, parcelados em duas refeições. Se forem sucedâneos de leite, a quantidade deve ser reduzida para 150 gramas, por vitelo, na proporção 1:12.

Alimentação do 15º dia de vida em diante

Do 15° dia de vida em diante, o vitelo deve receber um volume de leite equivalente a 13,5% do seu peso. Se forem sucedâneos de leite, o pecuarista deve considerar as instruções do fabricante quanto às quantidades e às concentrações indicadas, bem como a fase de adaptação do bezerro ao alimento. Além disso, devem ser determinados horários para as refeições, o que condiciona os animais a uma alimentação mais equilibrada.

Os sucedâneos lácteos devem apresentar 25% de gordura e 20% de proteína (no mínimo). Esta última deve alcançar 34,7 mg de proteína digestível/Kcal de energia digestível. Como os substitutos do leite apresentam baixos teores vitamínicos em sua composição, recomenda-se a suplementação com as vitaminas A, D e E. Entretanto, essas e outras alterações na dieta devem respeitar um período de adaptação para evitar problemas digestivos nos vitelos.

Fonte: cpt.com.br

Por Andréa Oliveira.

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