Cacau e açúcar operam em baixa, enquanto algodão sobe
Os contratos de março do café arábica abriram a semana em alta, de 0,73%, a US$ 3,0445 na bolsa de Nova York. Com isso, o grão alcança um novo recorde desde abril de 2011, à medida que os traders avaliavam as perspectivas de oferta global, como afirma o boletim desta segunda-feira (25/11) da Trading Economics.
Analistas da consultoria reforçam que a safra do Brasil, principal produtor global, perdeu parte de seu potencial devido à seca deste ano. As chuvas acumuladas em dias de outubro não foram suficientes para melhorar a umidade do solo e o grau de pegamento – flores que se desenvolvem em frutos – está abaixo do esperado por pé de café, prejudicando o volume do ciclo 2025/26.
Os preços do cacau, entretanto, caem 1,51% e estão cotados a US$ 8.948 a tonelada, marcando um recuo na bolsa americana em meio a temores de restrições de oferta em países da África Ocidental. Entretanto, o panorama global é de problemas logísticos em Gana e na Costa do Marfim, aliados à forte demanda por chocolate na temporada de fim de ano. Esses fatores devem sustentar os preços em alta nos próximos dias, ou mesmo evidenciar nova temporada de volatilidade.
Nas negociações do açúcar demerara há desvalorização de 0,33% no caso dos lotes de março de 2025, a 21,29 centavos de dólar por libra-peso, refletindo a incerteza sobre as exportações da Índia, que enfrenta restrições no fornecimento devido à baixa produção doméstica.
O algodão para entrega em março de 2025 sobe 1,29%, negociado a 71,68 centavos de dólar por libra-peso, devido a incertezas climáticas nos EUA e a volatilidade cambial, que podem limitar quedas adicionais.