SEMANA INTERNACIONAL DO CAFÉ ESPERA GERAÇÃO DE NEGÓCIOS SUPERIOR NA EDIÇÃO DESTE ANO

Maior produtor de café do Brasil, Minas Gerais sedia, de 20 a 22 de novembro, a Semana Internacional do Café (SIC). Considerado um dos principais eventos da cafeicultura do mundo, a SIC é importante para a divulgação do café especial produzido em Minas Gerais, para atualização e contato dos produtores com o mercado para o grão. As expectativas em relação ao evento são positivas e devem superar a edição anterior. Em 2018, os negócios iniciados durante a semana somaram R$ 42 milhões. O evento será no Centro de Feiras e Exposições George Norman Kutova (Expominas), em Belo Horizonte.

De acordo com o vice-presidente de finanças da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) e presidente das Comissões de Cafeicultura da Faemg e da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Breno Mesquita, as expectativas em relação à SIC são as melhores.

“Um número muito grande de pessoas estará conosco e vamos fazer um evento para apresentar os cafés de excelente qualidade, mostrar como se faz e se consome. A SIC é um evento que promove a interação do cafeicultor com o mercado e com os consumidores e profissionais da área”, explicou.

Ao longo do evento, são esperados mais de 20 mil visitantes, entre cafeicultores, torrefadores, classificadores, exportadores, compradores, fornecedores, empresários, baristas, proprietários de cafeterias e consumidores.

“Esperamos participantes de todo o Brasil e de outros países. Muitos compradores querem conhecer os cafeicultores, a propriedade e saber como se produz o café. Temos uma produção sustentável e somos exemplo, e as pessoas querem conhecer, participar e estão dispostas a pagar a mais pelo produto diferenciado”, afirmou.

Agregando valor – Ainda segundo Mesquita, a realização da SIC no atual momento da cafeicultura, de preços baixos e perdas na produção em função do clima, é importante para mostrar os cafés especiais e promover a agregação de valor.

“O mercado do café está muito difícil. A SIC é uma saída, claro que outras políticas têm que acontecer, mas precisamos ter foco diferente, buscando mostrar nossa qualidade para o mercado, buscando compradores e agregando valor ao café. A SIC é um espaço ideal para que isso aconteça”, destacou.

Alinhado em três grandes eixos – mercado e consumo, conhecimento e inovação e negócios e empreendedorismo -, o evento terá 25 atividades simultâneas. Os participantes poderão acompanhar seminários, cursos, workshops, concursos de melhor café e melhor barista e sessões de cupping (prova de cafés). No ano passado, nas sessões de cupping foram provadas mais de 5,5 mil xícaras.

Durante o evento, os cafeicultores poderão se atualizar sobre as tendências do mercado e do consumo de café no mundo.

A edição 2019 da SIC terá algumas novidades. Entre elas está o Pátio do Produtor, onde estarão expostas máquinas e insumos agrícolas voltados para a atividade.

Hackathon AgroUp – Outra novidade é a realização da maratona Hackathon AgroUp, que começará quarta-feira (20 de novembro) e seguirá até sexta (22 de novembro). Na maratona, equipes de universitários e interessados terão 48 horas para solucionar alguns dos principais desafios da cadeia do café, apresentando ideias inovadoras.

De acordo com Mesquita, a expectativa é que sejam encontradas soluções interessantes para resolver gargalos da cafeicultura e tornar a atividade mais competitiva. Serão três desafios apresentados, sendo um do produtor rural, um da cooperativa e um da indústria.

“Várias startups estão se inscrevendo no evento. Durante 48 horas, vamos lançar os desafios e os participantes irão buscar soluções. Estamos em busca e apoiando o desenvolvimento de tecnologias e inovações para o setor”, explicou Mesquita.

Minas Gerais é o maior Estado produtor de café do Brasil, respondendo por cerca de 50% da produção nacional, e é uma das principais fontes de cafés especiais do País. O grão é cultivado no Sul de Minas, Cerrado Mineiro, Chapada de Minas e Matas de Minas. A média produtiva é de 25 milhões de sacas de 60 quilos por ano, provenientes de lavouras distribuídas em mais de 400 municípios.

Fonte: Diário do Comércio

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