Recomendação para o milho é a de vender.

“O preço do milho sofre o mesmo drama do preço da soja”.

De acordo com a TF Agroeconômica, vai ser difícil que os preços do milho subam, então a melhor alternativa seria vender. “Nossa recomendação continua sendo a de vender e aplicar o dinheiro no mercado financeiro ou, melhor ainda, na sua própria empresa rural, comprando insumos à vista”, comenta.

“O preço do milho sofre o mesmo drama do preço da soja: excesso de oferta. Com um agravante seríssimo: está muito abaixo (28,82%) do custo médio de produção. Com as exportações brasileiras de milho 29% menores do que no mesmo período do ano passado, a disponibilidade interna está aumentando (boa para os produtores de carne) e fazendo forte pressão sobre os preços. Portanto, não vemos muita possibilidade de os preços subirem a curto, médio ou longo prazo nesta temporada”, completa.

A seca e as altas temperaturas prejudicando a safrinha brasileira podem ser os únicos fatores de alta. “Não há previsão de retorno das chuvas para a maior parte do País, com exceção do Sul, principalmente no Rio Grande do Sul, onde chuvas acima da média ainda são esperadas. Segundo a EarthDaily Agro, os dados revelam que o início de inverno começa quente, com temperaturas acima da média em quase todo o País, diminuindo o risco de geadas no Sudeste do Mato Grosso do Sul. A umidade do solo continuará baixa em importantes regiões produtoras de trigo como Paraná e São Paulo, atingindo 50% abaixo da média em algumas localidades”, indica.

Para a baixa, o recuo das vendas nas exportações norte-americanas e o pouco otimismo em relação à quebra da safra nos Estados Unidos se destacam. “Apesar da onda de calor nos EUA, foi outro fator baixista para os preços. Traders e analistas não acreditam que as adversidades climáticas atuais sejam suficientes para afetar o que parece ser uma safra robusta”, informa.

No Brasil, o início da colheita da safrinha aumenta a disponibilidade interna e isso se soma ao recuo das exportações brasileiras nos fatores de baixa. “O recuo das exportações brasileiras, que são vitais para o escoamento da produção e melhoria de preços, mas estão 29% menores no período de janeiro-maio deste ano (7,50 MT) do que no mesmo período do ano passado (10,60MT)”, conclui.

AGROLINK – Leonardo Gottems
 

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