Fonte: Café Point
Doença é causada pela bactéria Pseudomonas seryngae pv. garcae, que ataca folhas e ramos, e causa lesões e morte de tecidos de cafeeiros.
A mancha aureolada é causada pela bactéria Pseudomonas seryngae pv. garcae, que ataca folhas e ramos, e causa lesões e morte de tecidos de cafeeiros.
No passado, a mancha aureolada ocorria em regiões cafeeiras mais ao sul do país, no Paraná e em São Paulo. Depois, com o uso de áreas de altitude mais elevada para o plantio de café, a doença passou a atacar, de forma significativa, também no Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba, Sul de Minas e, mais recentemente, também na Zona da Mata de MG e Sul do Espírito Santo.
As condições favoráveis à doença são ligadas a climas mais frios e úmidos e em áreas mais sujeitas a ventos frios. Regiões de altitudes elevadas e com chuvas finas são mais críticas para o ataque nas lavouras de café.
O objetivo da presente nota técnica é apresentar observações em campo que mostram a possibilidade de manejar a mancha aureolada em lavouras de café com práticas culturais, combinadas com controle genético e químico. Para esse manejo da doença, as práticas iniciais devem focar na redução das condições favoráveis, protegendo as plantas com quebra-ventos e evitando excesso na adubação nitrogenada, sempre equilibrada com a adubação potássica e reforçando o suprimento de fósforo – este responsável por aumentar a resistência das plantas.
Em lavouras novas pode-se aplicar podas sanitárias, com o corte e eliminação de partes afetadas da planta, com isso reduzindo o inóculo da bactéria, diminuindo a sua disseminação.
No controle químico, os produtos à base de cobre têm boa ação bactericida, sendo indicada, também, a Kasugamicina. No controle genético mais efetivo, indica-se o uso de variedades resistentes ou menos suscetíveis nas áreas muito sujeitas ao ataque da doença. Dentre os materiais já observados em campo, com boa resistência, destaca-se as cultivares japy, IBC 12, siriema AS1 e araraçu. Para os produtores de cafés especiais, também indica-se geisha e IPR 102.
Foram observados em campo como muito suscetíveis, devendo ser evitadas para plantio nessas áreas, as cultivares: acaiá, catucaís amarelos, bourbon amarelo, topázio e paraíso 2.