O uso de tecnologia já faz parte de diversos segmentos em nossa sociedade, e a agricultura não estaria indiferente a isso. Para buscar maior rendimento e produtividade no campo, o agricultor brasileiro precisa estar cada vez mais conectado com o que acontece dentro e fora de sua propriedade.
A agricultura de precisão (AP) é a grande responsável por trazer as tecnologias para o dia a dia do campo. Até há alguns anos, elas estavam restritas a determinados lugares e propriedades, pois eram impactadas
pelo alto investimento e disponibilidade financeira dos proprietários.
Consegue imaginar isso no cenário atual, no qual a demanda por alimentos e sua qualidade crescem à medida que a população mundial aumenta? Impossível não utilizar a tecnologia!
Diante dessas questões, a Bosch traz para você um pouco da história da agricultura de precisão, sua importância e exemplos de como a empresa tem levado a tecnologia para os campos do Brasil!
A agricultura de precisão
É muito simples explicar o que é esse novo olhar sobre a agricultura. Suponha que você tivesse máquinas inteligentes que fossem capazes de identificar as necessidades específicas de plantio em cada parte da propriedade por meio de dados obtidos no campo.
No caso da tecnologia da Bosch, a ser explicada mais adiante, é possível fazer isso por meio de um sistema de GPS, por exemplo, que sabe exatamente o local da semente a ser plantada para que não haja sobreposição.
Outra potencial aplicação é no processo de pulverização, na qual o uso de tecnologia torna capaz a aplicação de herbicida somente onde necessário. Isso faz com que o processo de pulverização seja mais certeiro, proporcionando economia de insumos e maior rendimento da plantação, bem como ganhos ambientais. E é exatamente assim que a agricultura de precisão funciona.
De modo geral, a AP refere-se a uma série de sistemas que utilizam os dados coletados no campo para promover o manuseio da plantação mais eficiente e certeiro. Mas não é só isso: as tecnologias permitem uma visão mais ampla de sistema produtivo, otimizando o uso de insumos, o que consequentemente atua no aumento da lucratividade e sustentabilidade, minimizando impactos ambientais como um todo.
Diante dessas questões, a Bosch traz para você um pouco da história da agricultura de precisão, sua importância e exemplos de como a empresa tem levado a tecnologia para os campos do Brasil!
Como ela surgiu?
A primeira grande onda da agricultura de precisão ocorreu nos anos 1990 junto à consolidação das tecnologias de monitoramento por satélite — GPS e GNSS. Em uma frente, passou a ser possível mapear a área da fazenda com uma precisão inédita por meio dessas ferramentas de geolocalização. Na outra, colheitadeiras e outros maquinários agrícolas, munidos dessas informações e de uma inteligência embarcada nelas, passaram a gerar quantidades massivas de dados sobre o solo: topografia, pH e a presença de nutrientes e químicos específicos no solo.
Ao longo das décadas seguintes, tanto essas tecnologias fincaram raízes nos campos de alta produtividade de todo o mundo, quanto tantas outras somaram-se a elas. Softwares de vários tipos foram criados para encarar os desafios do agronegócio; máquinas conectadas à internet e capazes de aprender com a prática se tornaram realidade; e os drones compuseram um capítulo à parte com suas mil e uma utilidades.
A agricultura de precisão no Brasil
Desde o começo dos anos 1990, a AP já dava sua cara no Brasil. Já em 1996, a Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP), organizava um simpósio sobre o tema. Por aqui, as regiões que se destacam pelo uso de tecnologias da agricultura de precisão são o Sul e Centro-Oeste do país (Goiás, Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul), especialmente nas culturas de soja, café, milho e cana.
Todavia, ainda há muito espaço para crescer. Os números variam conforme a fonte consultada, mas estima-se que a porcentagem das lavouras brasileiras que utilizam pelo menos uma tecnologia de AP está entre 20% e 30%, sendo a utilização de sistemas com orientação por GPS a ferramenta mais comum. Analisando com um olhar positivo, isso significa que existe muito espaço para o agronegócio brasileiro crescer em produtividade, ou seja, sem necessariamente expandir as áreas de cultivo.
A importância da AP para o agronegócio
Dados apontam que conhecer os pormenores da área a ser cultivada, levando em conta as irregularidades do solo ao plantar e colher pode aumentar a produtividade da lavoura em até 67%. Se o desafio do agronegócio é ser mais produtivo e fazer cada vez mais com menos (menos água, menos desperdício de insumos, menos impacto ambiental), então é inevitável avançarmos na aplicação de tecnologias de ponta no campo.
Agricultura de precisão na prática
A AP pode ser inserida nos mais variados momentos das atividades agrícolas. A aplicação pode (e deve!) começar bem antes do plantio, com o mapeamento e testagem do solo.
A semeadura em si pode contar com a agricultura de precisão por meio de tecnologia nos implementos de plantio. Isso também vale para as práticas de defesa da cultura (como a pulverização inteligente) e a adubação de precisão, que utiliza os dados do solo, aplicando quantidades precisas de cada nutriente. A seguir, conheça melhor duas dessas aplicações práticas da AP: a pulverização e o plantio inteligente, bem como a parceria com a BASF que trará mais confiabilidade ao uso cada vez maior da AP!
Parceria com a BASF
A Bosch e o xarvio™ Digital Farming Solutions da BASF estão desenvolvendo a sua parceria a fim de desenvolver e implementar soluções que mudarão o cenário da agricultura digital.
Juntas, as empresas fundaram um centro de estudos para promover o desenvolvimento de um sistema de aplicação de fertilizantes e uso de sementes, levando em consideração as necessidades de cada local a ser aplicado.
A base desse novo sistema é oferecida pela Bosch por meio de sua Solução de Plantio Inteligente, que faz controle automático da semeadura e foi apresentada ao mercado em 2018. Do outro lado para xarvio™, a ferramenta é o FIELD MANAGER, que foi disponibilizado em 2019 e permite gerenciar nutrientes em áreas de infestação e ainda oferece mapeamento de aplicação de variáveis para sementes no campo.
De maneira geral, a parceria busca considerar as condições do campo, da sua topografia, passando pela qualidade do solo até a precipitação no futuro. A ideia é reduzir custos, aumentar os rendimentos do produtor e ainda proteger o meio ambiente.
Plantio inteligente
Por falar em gestão de insumos, a distribuição das sementes é outro processo que pode ser revolucionado pela agricultura de precisão. Por exemplo, é importante saber quantas sementes plantar e qual a distância entre elas. Isso é necessário porque, quando ficam muito próximas, elas competem por sol e nutrientes. Caso estejam muito distantes, pode ocasionar o desperdício no plantio, fazendo com que a terra fique muito exposta à luz, estimulando o crescimento de ervas daninhas e tornando o terreno mais árido.
A quantidade e distribuição das sementes é um processo que pode ser automatizado por meio do plantio inteligente, gerando uma economia de até 20% em insumos. A Solução de Plantio Inteligente da Bosch é um sistema que atua em plantadeiras para otimizar a dosagem de sementes e fertilizantes. Relaciona a taxa de aplicação, seja ela fixa ou variável, através de um mapa de prescrição com a velocidade e posição da máquina em tempo real.
O programa é capaz de controlar individualmente cada um dos dosadores da máquina, que podem chegar até 60. É inteligência artificial, internet das coisas e GPS jogando junto com o agricultor para atingir uma maior produtividade e eficiência no campo, economia de insumos, otimização do solo e praticidade na operação.
Pulverização inteligente
Aumentar a produtividade do campo é imperativo para que o agro continue a alimentar o mundo — a estimativa é de uma população de 9,7 bilhões de pessoas no mundo até 2050, segundo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU). No entanto, esse aumento deve caminhar junto às preocupações com o meio ambiente e a segurança alimentar. A Bosch acredita que a AP tem tudo a ver com esses desafios.
A Solução de Pulverização Inteligente da Bosch leva a internet das coisas e a inteligência artificial para o processo de pulverização e combate às ervas daninhas. O uso excessivo dos herbicidas tornam os invasores mais resistentes, então é colocada a tecnologia a serviço da aplicação precisa dos defensivos. A inovação técnica permite uma produção agrícola mais rentável e sustentável, afinal, até 2050 será necessário aumentar em 50% a produção mundial de alimentos.
Por meio de imagens, toda a extensão de atividade do pulverizador é registrada. Em milissegundos, os algoritmos da Bosch fazem sua parte ao diferenciar com precisão as ervas daninhas da cultura plantada, acionando a aplicação do herbicida somente onde é necessário e nada a mais. Assim, é possível proteger a cultura e melhorar a gestão de insumos. Para saber mais, confira o vídeo.
Fonte: Bosch no Brasil