Mesmo com redução no preço, tomate permanece com preço alto.

Fruta, ao lado da batata e da cebola, elevam os custos do sacolão.

Mesmo com a redução, de cerca de 30%, no preço do tomate indicada pela Fundação IPEAD da UFMG nos últimos dois meses, quando comparamos os valores dos meses de abril e maio, percebemos que a fruta ainda é a vilã do hortifruti.

Claudinei Magalhães é dono de um sacolão no bairro Floresta na capital e confirma:

“Após a segunda semana de maio, o preço do tomate só vem aumentando. Durante umas duas semanas a gente até conseguiu vender a espécie Andreia a R$ 1,99. Mas hoje, ela está saindo a R$ 7,99. E há ainda outras mercadorias consideradas vilãs do preço: batata e cebola tiveram um aumento de cerca de 40%. Apenas itens como limão e caqui, frutas ‘da época’, conseguimos oferecer por preços melhores”, conta.

Ana Lúcia da Silva trabalha num sacolão e confirma esse cenário. “Só mesmo, a mexerica e o limão, é que dá pra colocarmos um preço melhor. Isso tem a ver com a safra, quanto maior a oferta, menor o preço. E aí as pessoas acabam comprando o que está mais em conta em maior volume e deixando o que está mais caro ou levando apenas o mínimo possível.

“Com certeza, o que está caro, as pessoas levam um ou dois itens só. E quem confirma essa situação de levar pouco quando o preço está alto, é a consumidora Maria Luiza Rodrigues, dona de casa e artista plástica. Ela levou apenas dois itens de maracujá doce, a R$ 12,99, e mamão formoso, a R$ 4,99, uma quantidade maior.

“Estou levando só dois maracujás, porque está R$ 13, praticamente, né? Tá puxado o preço, mas ele é gostoso. Então, a gente leva um pouquinho, mas leva.

Lurdes Felix, de 76 anos, fez compras e não teve dúvida. Só levou em maior quantidade o que estava mais em conta.

“Achei a batata muito cara, hoje. Vou levar uma quantidade menor”, alerta.

E como fazer para que suas compras no sacolão, durem mais, mantendo os nutrientes e o sabor por mais tempo? Sobre isso, conversamos com a nutricionista Renata Paz.

Dicas para guardar

Ela aponta os alimentos que devem ficar fora da geladeira: a banana, o abacate, a batata, o alho e a cebola.

“A batata, dentro da geladeira, umedece, estraga mais rápido e pode ficar esverdeada. Na verdade, todos os alimentos ricos em amido, sofrem alteração de sabor, submetidos a baixas temperaturas. O correto é deixar esses alimentos em um lugar arejado e ventilado”.

E o que fazer com as folhas? O correto, de acordo com Renata, é lavá-las em água com uma colher de sopa de água sanitária e deixar por 20 ou 30 minutos. Tira, enxagua bastante e deixa secar em cima de um papel-toalha ou no próprio escorredor de copos até as folhas estarem secas e aí sim, devem ser colocadas na geladeira.

“As folhas verdes molhadas melam e estragam muito mais rápido”, disse Renata. E o morango? Segundo ela, o recomendado é lavar no momento de consumir. Se isso for feito logo depois da compra, ele mofa. Outra alternativa é lavar o morango e congelar.

A especialista Renata Paz chama ainda atenção para o risco que é deixar ovos na porta da geladeira. Eles devem ficar na geladeira, mas não na porta porque o abre e fecha traz oscilação de temperatura, podendo interferir na conservação dos ovos e provocar micro rachaduras fazendo com que estraguem mais rápido.

Ainda segundo a nutricionista, também devem ficar dentro da geladeira a uva, o pimentão, a ameixa e o mamão. Já o abacaxi, o melão e o tomate devem ser armazenados fora do eletrodoméstico.

“A forma de armazenar é muito importante, interfere diretamente na durabilidade dos alimentos”, disse.

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