Os preços do café arábica sobem expressivamente nesta manhã de segunda-feira (12/8) com os contratos de vencimento em setembro valendo US$ 2,4420 por libra-peso, aumento de 4,32%.
O motivo, mais uma vez, é o clima. As baixas temperaturas da madrugada de domingo e desta segunda-feira atingiram regiões cafeeiras importantes com registros de geadas, como Cerrado Mineiro e Alta Mogiana.
O município de Pedregulho (SP) foi um dos mais atingidos, além da região de Araxá e Patrocínio, de acordo com relatos e grupos de cafeicultores nesta manhã. No entanto, os comentários são de que a geada foi moderada e o alerta continua para os próximos dias, em especial a madrugada desta terça-feira (13/8), em que se prevê queda nas temperaturas.
Em geral, as geadas prejudicam a brotação do café e queimam as folhas, interferindo no desenvolvimento vegetativo da próxima safra 2025/26. Relatos apontam que, ao gear, dependendo da intensidade, são prejuízos econômicos para, pelo menos, dois anos. A última vez que a cafeicultura brasileira passou por isso foi em 2021 e a recuperação em termos de volume de produção só veio na safra 2023/24.
Açúcar, algodão e cacau
Nas negociações do açúcar demerara, a bolsa de Nova York opera em alta nesta amanhã de 0,27% para os lotes com prazo para dezembro, cotados a US$ 18,53 centavos de dólar por libra-peso.
Os papéis do algodão de mesmo prazo, que são os de maior liquidez, também sobem 1,02% e estão precificados a 69,04 centavos de dólar por libra-peso, em uma reação diante de alta de produção nos Estados Unidos e no Brasil, com um sinal de demanda da indústria.
Na contramão das commodities em Nova York está o cacau, cujos contratos de dezembro operam em queda de 1,52%, a US$ 7.278 a tonelada. A queda dos negócios está atrelada às chuvas nas regiões produtores da África e potencial acomodação da demanda.