Na B3, houve uma leve recuperação nos preço.
Segundo análises da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema), no Brasil, os preços do milho permaneceram estáveis no mercado físico. A média gaúcha chegou a R$ 57,16 por saco, enquanto as principais praças se mantiveram em R$ 55,00. Nas demais regiões do país, os preços oscilaram entre R$ 35,00 e R$ 59,00 por saco. Um ano atrás, a média gaúcha era de R$ 53,68 por saco, enquanto as principais praças locais negociavam o produto a R$ 51,00. Nas demais regiões, os preços variavam entre R$ 37,00 e R$ 54,00 por saco.
Na B3, houve uma leve recuperação nos preços, com o fechamento da quarta-feira (19) variando entre R$ 58,00 e R$ 68,90 por saco para os contratos mais recentes (julho/24 a janeiro/25). A desvalorização do Real contribuiu para a alta dos preços do milho nacional.
A colheita de milho safrinha no Mato Grosso atingiu 21,7% da área no final da semana anterior, superando a média histórica de 15,8% para esta época, e bem acima dos 8,4% colhidos no ano passado. A expectativa é que o estado colha 45,8 milhões de toneladas de milho segunda safra, comparado ao recorde de 52,5 milhões do ano passado, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
No Centro-Sul do Brasil, a colheita atingiu 21% da área até o dia 13/06, o percentual mais alto desde 2013, conforme a AgRural. A Conab relatou que a colheita estava em 13,1%, bem abaixo do informado pela iniciativa privada. A colheita por estado estava assim distribuída: Mato Grosso (18,1%), Paraná (13%), Mato Grosso do Sul e Tocantins (10%), São Paulo (5%), Goiás (4%) e Minas Gerais (3%).
A Conab também informou que a colheita do milho de verão em todo o país chegou a 88,1% da área até meados de junho. No Paraná, o Deral indicou que 29% das lavouras da safrinha haviam sido colhidas, com 77% em maturação e 17% em condições ruins.
Nas exportações, a Secex indicou vendas de 392.422 toneladas até a segunda semana de junho, representando 37,9% do total exportado em junho do ano passado. A média de embarques nos primeiros 10 dias úteis de junho recuou 20,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. Com os preços baixos do cereal nos portos e no mercado interno, os produtores não estão vendendo, resultando em grandes estoques internos. Para aliviar esses estoques, o Brasil precisaria exportar cerca de 7 milhões de toneladas mensais entre julho e janeiro próximo, totalizando 50 milhões de toneladas anuais.
AGROLINK – Seane Lennon