Dia Internacional do Arroz: veja curiosidades sobre o cereal

Grão consumido nos quatro cantos do mundo gera renda, empregos e auxilia no combate a fome

Quem classifica o arroz apenas como um alimento comum está enganado. O grão versátil, que foi adotado na dieta básica dos brasileiros e até virou tradição de boa sorte em casamento, é uma parte importante da economia nacional.

Dia Internacional do Arroz, celebrado em 31 de outubro, foi instituído pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) em 2003 com o objetivo de promover discussões e valorizar o cereal mundialmente. Abaixo, confira curiosidades sobre ele.

1 – De onde veio o arroz?

Conforme a Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz), a origem do grão é incerta e rodeada de teorias. A mais difundida conta que já era cultivado no Sudeste do Continente Asiático no ano 3 mil a.C. No Brasil, áreas do Maranhão, Pernambuco, Pará e Bahia foram escolhidas pelos portugueses para o cultivo a partir de 1745. O plantio em outras regiões aconteceu apenas quando o cereal foi incluído na alimentação do exército.

2 – Qual o arroz mais saudável?

O integral é considerado mais nutritivo entre as variedades por conter na composição maior quantidade de sais minerais, vitaminas e fibras, combinação importante para o funcionamento do intestino. Outro benefício é o aumento da saciedade entre as refeições. O tipo branco, muito consumido no Brasil, tem as vitaminas e minerais presentes nas camadas periféricas, parte que é retirada no polimento.

3 – A produção brasileira

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), a produção no país em 2023 foi de 10,2 milhões de toneladas em uma área colhida de 1,4 milhão de hectares. O destaque entre os Estados é o Rio Grande do Sul. Santa Catarina, Mato Grosso, Tocantins e Maranhão completam o ranking dos cinco maiores produtores.

4 – Salgado ou doce?

O arroz e feijão é uma combinação perfeita, nutritiva e saborosa na alimentação de qualquer brasileiro. Em outras culturas, o arroz, que é muito versátil, também se destaca. Nos pratos japoneses, por exemplo, acompanha o peixe cru ou frito. Na Itália, o risoto é tão famoso quanto a pizza. E sem falar nas preparações doces, como arroz-doce, pudim e bolo.

5 – Arroz nos noivos

Por ser um símbolo de prosperidade, fertilidade e boa sorte em muitas culturas, o arroz virou item indispensável nos casamentos. Afinal, quem nunca jogou grãos na forma crua nos noivos após a cerimônia? Uma das lendas conta que a tradição surgiu na China, há 4 mil anos, quando um funcionário do governo teve a ideia de atirar arroz na filha para demonstrar o amor e votos de felicidade na nova fase da vida.

6 – Exportações

Entre os 193 países do mundo, conforme a classificação da Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil ocupa a nona colocação no ranking de exportação do alimento, com 1,2 milhão de toneladas em 2023. O primeiro lugar é da Índia, que exporta 22 milhões de toneladas do grão. Os dados são do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

7 – O caminho até o consumidor

Depois da colheita, o arroz passa por várias etapas até chegar à mesa. A quantidade de processos, segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), visa eliminar a má qualidade e doenças. Além da limpeza e da retirada da casca, os outros ciclos são: separação pela câmara de palha, separação de marinheiro, separação de pedras, brunimento, polimento, classificação, padronização via seleção eletrônica, empacotamento e enfardamento.

8 – Qual você prefere?

Entre os mais de 100 mil tipos de arroz espalhadas pelo mundo, o preferido dos brasileiros é o agulhinha, considerado mais solto e rápido para o cozimento. A Abiarroz explica que ele é obtido a partir da retirada da casca do grão integral e do polimento. Integral, parboilizado, cateto, negro, arbóreo, vermelho e basmati também são consumidos no país.

9 – O arroz é vilão ou mocinho na alimentação?

Em dezembro de 2023, a Universidade de Harvard afirmou que o arroz branco contribui significativamente para a elevação do açúcar no sangue em razão do alto índice glicêmico e não deveria ser consumido. Mas, segundo a nutricionista Suelin Scheimann, a pesquisa considerou o grão isolado e sem acompanhamentos, o que não ocorre. Quando é servido com outros alimentos, como feijão, carne e legumes, estes auxiliam na glicemia.

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