Já pensou em um café produzido em laboratório? Pois é o que o cientista de alimentos, Jarret Stopforth, e o empreendedor Andy Kleitsch, tiveram a ideia de produzir. Uma garagem na cidade de Seattle, nos Estados Unidos, foi o laboratório da dupla durante quatro meses de experimentos.
Para tanto, separaram os mais de mil compostos do café por meio de uma técnica de cromatografia líquida de alta eficiência. O objetivo, desde o início, era fazer uma bebida com o mesmo aroma, cor e sabor do produto produzido a partir dos grãos. Conforme se aprofundavam no projeto, perceberam os impactos da produção do café com grãos, como desmatamento e aquecimento global.
A receita secreta não é revelada, mas os pesquisadores informam que a nova bebida é feita a partir de compostos como antioxidantes, flavonóides e ácidos de café, além de cafeína. De acordo com a National Public Radio, outras iniciativas de produção de café sem o grão já foram feitas com ingredientes como cogumelos e frutos provenientes do carvalho. Apesar disso, nenhuma dessas tentativas ganharam mercado.
O produto foi chamado de Atomo e acabou de receber uma rodada de investimentos, com valores não revelados. Com esse aporte, a dupla acredita que já terá o produto no mercado a partir de 2020. A iniciativa já tinha ganhado um apoio de US$25 mil, por meio de uma campanha de financiamento coletivo.
“Nosso café não vem de um grão. Na verdade, ficamos muito orgulhosos em dizer isso, e haverá verdade no rótulo para não enganar o consumidor. Mas como não há uma definição regulamentar oficial, ainda podemos chamá-lo de café”, disse Stopforth.
De fato, a Food and Drug Administration, agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, ainda não possui nenhuma determinação do que pode ou não ser considerado um café, suplementos e ingredientes aceitos e a possibilidade de ser feito ou não com grãos.
Fonte: Midia Bahia