Clima e baixa oferta no Brasil são fatores que preocupam mercado de café.

A semana de 18 a 22 de julho deve encerrar com correção técnica no mercado futuro de café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), após alta significativa nos últimos dias. As commodities continuam influenciadas pelo ambiente externo, ainda incerto sobre a evolução da economia global. Apesar disso, o café se preocupa pela expectativa de baixa oferta brasileira, em razão da seca prolongada e das geadas do ano passado, além da redução dos estoques em países consumidores.

A desvalorização do vencimento mais líquido, set/2022, foi de 1,05% (230 pontos), fechando a quinta-feira (21) a 215,85 centavos de dólar por libra-peso, representando uma queda semanal de 1.605 pontos. O canéfora (robusta), na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), fechou a quinta-feira com alta semanal de US$ 64,00 a US$ 1.987,00 por tonelada.

O dólar à vista subiu ontem (21). A moeda fechou cotada a R$ 5,4962, acumulando 4,99% no mês de julho. Na semana houve valorização de 1,70%.

No mercado físico, os pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) informaram que as cotações domésticas do café arábica e canéfora subiram ontem (21), principalmente em virtude da valorização do dólar ante o real. Os indicadores calculados pela instituição para as variedades arábica e robusta se situaram em R$ 1.337,55 por saca e R$ 721,39 por saca, com variação semanal positiva de 7,75% e 1,35%, respectivamente.

Em relação ao clima, o Instituto Nacional de Meteorologia informou ao Conselho Nacional do Café (CNC) que o risco de frio ou geada nos cafés para o resto do inverno é quase nulo. Segundo o meteorologista Francisco de Assis Diniz, até a primeira semana de agosto, as temperaturas permanecem normais com frio somente na região sul, sendo levado pelos ventos para o oceano. Quanto às chuvas, a previsão é de que haja bom volume no café de Mogiana e Sul de Minas já no início de agosto.

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