Desde meados de março, as cotações do mercado da carne desossada transitavam entre a estabilidade ou discretas valorizações.
Já a semana passada foi marcada por uma alta mais consistente nos preços da carne bovina, em função das expectativas positivas do consumo no feriado prolongado.
Contudo, nos últimos sete dias o mercado parou de subir e as desvalorizações, enfim, encontraram a proteína bovina. Na média de todos os cortes a queda foi de 0,3%.
Considerando o atual período do mês, que é caracterizado pelo menor poder aquisitivo da população, já era de se esperar esse comportamento para os preços da carne.
E de certa forma também era previsível que a pressão de baixa imposta nos preços seria fraca, já que a baixa oferta de boi gordo tem limitado o estoque de carne dos frigoríficos.
Por fim, para a semana que se inicia é provável que o mercado da carne reaja positivamente já que um dia a menos de abate pode encurtar a produção especificamente no momento de virada do mês, onde geralmente ocorre o pico da demanda do varejo.
Além disso, um dos feriados com maior consumo de carne bovina está chegando. Portanto, é esperado que o viés altista previsto para o mercado da carne se sustente até o Dia das Mães.
Mas vale destacar que o consumo da população ainda está fragilizado devido a lenta recuperação econômica do país. Um indicador que reflete esta situação é o número de desempregados do Brasil.
Segundo o Ministério do Trabalho, no mês passado o país fechou 43,2 mil postos de trabalhos com carteira assinada.
Fonte: Marina Zaia