Café não consegue superar preocupação com a demanda e tem dia de forte baixa em NY

Por Notícias Agrícolas:

Postado em: 09/03/23

O mercado futuro do café arábica encerrou o dia com forte desvalorização para os preços no pregão desta quarta-feira (8) na Bolsa de Nova York (ICE Future US). Após abrir o dia sem grandes variações, o café encerrou o pregão com 2,85% de desvalorização.

Maio/23 teve queda de 520 pontos, valendo 177,35 cents/lbp, julho/23 teve baixa de 510 pontos, negociado por 176,80 cents/lbp, setembro/23 teve queda de 505 pontos, cotado por 175,30 cents/lbp e dezembro/23 registrou queda de 490 pontos, valendo 173,60 cents/lbp.

As incertezas que rondam o setor no lado da produção também estão na demanda. De acordo análise da StoneX Brasil, indicadores mostram que o consumo está andando com passos lentos em importantes polos consumidores de café.

“É claro que nós temos um cenário de menor oferta, mas essa queda não quer dizer que está faltando café neste momento, mas sim dessa demanda enfraquecida”, afirma Fernando Maximiliano. O analista destaca que em 2022 os Estados Unidos compraram 3% a mais de café, e que apesar de positivo o volume ainda fica abaixo dos 4% esperado e volume abaixo do importado em 2019, ano de pré-pandemia e de safra com bienalidade baixa no Brasil.

Operadores também esperam pelos números oficiais de exportação do Brasil no mês de fevereiro. Os dados preliminares da Secex mostraram volume bem abaixo do esperado, em torno de dois milhões de sacas.

O mercado, que já estava “parado”, teve mais um dia de poucos negócios por parte do produtor brasileiro, que aguarda para avaliar o efeito das chuvas das últimas semanas nas principais áreas de produção.

Em Londres, o dia foi marcado por estabilidade para o conilon. Maio/23 teve alta de US$ 7 por tonelada, negociado por US$ 2159, julho/23 teve alta de US$ 5 por tonelada, negociado por US$ 2148, setembro/23 encerrou com estabilidade por US$ 2125 e novembro/23 teve queda de US$ 3 por tonelada, negociado por US$ 2087.

“O café arábica já estava sob pressão esta semana devido ao aumento das exportações de café de Honduras, o maior exportador de grãos arábica da América Central”, voltou a destacar a análise do site internacional Barchart.

No Brasil, o físico acompanhou e também encerrou com desvalorização nas principais praças de comercialização do país.

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 3,57% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.080,00, Poços de Caldas/MG teve queda de 2,61%, valendo R$ 1.120,00, Machado/MG teve queda de 4,48%, valendo R$ 1.065,00, Varginha/MG teve queda de 5,13%, negociado por R$ 1.110,00, Campos Gerais/MG teve queda de 2,59%, valendo R$ 1.127,00 e Franca/SP teve queda de 5,17%, valendo R$ 1.100,00.

O tipo cereja descascado teve queda de 3,35% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.155,00, Poços de Caldas/MG teve baixa de 2,40%, cotado por R$ 1.220,00, Varginha/MG teve queda de 4,88%, valendo R$ 1.170,00 e Campos Gerais/MG teve queda de 2,47%, cotado por R$ 1.187,00.

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