Fonte: Revista Cafeicultura
O Brasil, maior produtor e exportador de café do mundo, teve participação de destaque na 140ª Sessão do Conselho Internacional do Café (CIC) e no 7º Fórum de CEOs e Líderes Globais (FCLG), promovidos pela Organização Internacional do Café (OIC) entre os dias 13 e 17 de outubro, na Câmara de Comércio e Indústrias de Cortés, em San Pedro Sula, Honduras.
A abertura do evento contou com a presença da Presidente da República de Honduras, Iris Xiomara Castro, que recebeu das mãos de Silas Brasileiro, presidente do CNC, o café “Mulheres” (Prima Qualitá), produzido pela Cooxupé.
O encontro reuniu representantes de governos, instituições e lideranças do setor privado para tratar de temas fundamentais ao futuro da cafeicultura global. A cerimônia de abertura ocorreu no dia 13, com a presença da Presidente da República de Honduras, Iris Xiomara Castro, além da Ministra da Agricultura e Pecuária, Laura Elena Suazo Torres, e do Vice-Ministro do Café, Carlos Roberto Murillo.
A delegação brasileira foi chefiada pela Embaixadora do Brasil em Tegucigalpa, Andrea Saldanha da Gama Watson. Também integraram a comitiva representantes de instituições de grande relevância para o setor cafeeiro nacional, como o Conselho Nacional do Café (CNC), Cooxupé, BSCA (Associação Brasileira de Cafés Especiais), Banco Sicoob e P&A Marketing Internacional.
Durante o evento, Silas Brasileiro fez questão de destacar o trabalho da diretora executiva da OIC, Vanusia Nogueira, elogiando sua liderança, capacidade técnica e dedicação ao fortalecimento da cafeicultura global. Segundo ele, Vanusia tem exercido um papel fundamental na modernização e no reposicionamento estratégico da Organização, promovendo uma gestão participativa e focada em resultados. “A diretora tem conduzido a OIC com excelência, aproximando os países produtores e consumidores e consolidando um ambiente de diálogo e cooperação que beneficia todo o setor cafeeiro mundial”, afirmou Silas.
Embaixadora do Brasil em Tegucigalpa, Andrea Saldanha da Gama Watson, ao lado de Vanusia Nogueira, Diretora Executiva da OIC, Silas Brasileiro, Presidente do CNC; Márcia Elisa Chiarello, Secretária Executiva do CNC e Natalia Fernandes Carr, Gerente de ESG da Cooxupé.
Delegação brasileira ao lado da Diretora Executiva da OIC, Vanusia Nogueira; da Chefe de Operações da OIC, Hannelore Beerlandt; e de Veronica Ottelii. Também presentes Seraina Sigron, Conselheira e Chefe Adjunta do Departamento de Economia, Finanças, Ciência e Inovação da Suíça, e João Mattos, Diretor Comercial da CLAC – Coordenação Latino-Americana e do Caribe de Pequenos Produtores e Comércio Justo.
No primeiro dia, durante o painel de Políticas cafeeiras nacionais, países como o Brasil, Colômbia, El Salvador, Honduras, Suíça e União Europeia relataram progressos no setor cafeeiro e nas políticas relacionadas aos seus países.
A assessora técnica do CNC, Luiza Mantiça Kreimeier apresentou os avanços no Programa Café Produtor de Água, destacando resultados e impactos e a expansão do Programa ´para mais regiões do Brasil.
“Mais uma vez, o Brasil chamou a atenção pelo ineditismo desse projeto. Os participantes ficarão extremamente impactados pela evolução do programa em tão pouco tempo”, explicou Silas Brasileiro, presidente do CNC.
Silas também palestrou no Painel 1 do Fórum de CEOs e Líderes Globais, realizado no dia 15, que foi conduzido por Juan Esteban Orduz, ex-CEO da Colombian Coffee Federation nos Estados Unidos, discutindo as tendências de mercado e o trabalho desenvolvido pelo Brasil diante das transformações do consumo global de café.
“A representatividade brasileira neste evento reforça o papel de liderança do país no cenário mundial do café. Foi uma oportunidade de fortalecer o diálogo com outros países produtores e consumidores, mostrando como o cooperativismo e a organização do setor no Brasil promove uma cafeicultura sustentável em todos os seus pilares: econômico, social e ambiental”, destacou.
Discussões estratégicas e fortalecimento do setor
Durante a semana, as sessões e fóruns abordaram temas estratégicos como renda digna e próspera para os produtores, agricultura regenerativa, mecanização, valorização dos cafés especiais e diferenciados, financiamento do futuro do café e implementação do Acordo Internacional do Café de 2022.
O CNC, como representante institucional dos cafeicultores brasileiros, teve participação ativa nas discussões voltadas à renda digna e à sustentabilidade da produção, temas centrais da OIC. O Conselho também acompanhou as deliberações do Conselho Internacional do Café, contribuindo com propostas e experiências do Brasil em políticas públicas e iniciativas privadas voltadas à resiliência e à competitividade do setor.
Atuação técnica e institucional do Brasil
Além de Silas Brasileiro, participaram pelo CNC a assessora Márcia Eliza Chiarello e a assessora Luiza Mantiça Kreimeier, que acompanharam as discussões técnicas e reuniões paralelas, fortalecendo a articulação institucional brasileira no âmbito da OIC e da Força-Tarefa Público-Privada (FTPPC).
O Brasil também esteve representado por Natalia Fernandes Carr, gerente de ESG da Cooxupé; Vinícius Estrela, diretor executivo da BSCA; Vinícius Matheus Cerqueira, coordenador do Banco Sicoob; e Carlos Henrique Jorge Brando, da P&A Marketing Internacional.
Avanços no diálogo internacional
O Brasil contribuiu ativamente nas discussões voltadas ao fortalecimento da sustentabilidade econômica, social e ambiental da cafeicultura mundial.
Durante o evento, também foram apresentadas as novas ferramentas da Força-Tarefa Público-Privada (FTPPC), desenvolvidas para apoiar os países-membros na formulação e execução de políticas voltadas à melhoria da renda dos cafeicultores e à sustentabilidade da cadeia produtiva.
O Fórum dos CEOs e Líderes Globais destacou ainda as tendências emergentes do mercado internacional, como o aumento da demanda por cafés diferenciados e sustentáveis, o avanço das práticas regenerativas e as estratégias de financiamento voltadas para o desenvolvimento de uma cafeicultura de baixo carbono.
Brasil reafirma compromisso com o futuro do café
A presença expressiva da delegação brasileira reforçou o compromisso do Brasil com o fortalecimento da cafeicultura mundial, defendendo pautas que valorizam das cooperativas e dos produtor rural, promovem a sustentabilidade e asseguram condições justas de comercialização.
Com ampla representatividade e experiência técnica, o Conselho Nacional do Café segue atuando em defesa dos interesses dos cafeicultores brasileiros, ampliando o diálogo com parceiros internacionais e contribuindo para a construção de soluções conjuntas que impulsionem a prosperidade e a sustentabilidade da cadeia global do café.