Apesar dos problemas logísticos, exportações de café do Brasil seguem em bom ritmo, afirma Rabobank

Em abril, foram exportadas 4,2 milhões de sacas (60 kg), um aumento de 53% em relação ao ano anterior.

Por Rabobank

Apesar dos contínuos desafios logísticos (conforme o último relatório do Cecafé), o Brasil
continua com bom ritmo nas exportações. Em abril, foram exportadas 4,2 milhões de sacas (60 kg), um aumento de 53% em relação ao ano anterior. Para o total acumulado de 2024, já foram embarcadas 16,2 milhões de sacas, um crescimento de 46% em relação ao ano anterior.

As exportações de café conilon/robusta permanecem fortes, com 677 mil sacas exportadas em abril de 2024. O total acumulado em 2024 é de 2,6 milhões de sacas, um significante aumento de 548% em relação à 2023. O café arábica também está se saindo bem, com 12,5 milhões de sacas exportadas nos primeiros quatro meses de 2024, alta de 31% em relação ao ano anterior.

Se a situação logística não piorar, esperamos que as exportações brasileiras continuem
fortes devido à boa produção em 2023 e a colheita de 2024 que deve ganhar tração nas
próximas semanas.

Apesar da piora na relação de troca nas últimas semanas (9% em relação ao mês anterior), a situação permanece favorável. Atualmente, aproximadamente 2 sacas de café são
necessárias para comprar uma tonelada de fertilizante (mistura 20-05-20), 12% mais barato em relação ao ano anterior. Embora os preços do café tenham diminuído recentemente, impactando a relação de troca, os preços dos fertilizantes permanecem estáveis.

Preços

Em abril, os preços de café sofreram uma forte valorização no Brasil. O preço médio do café arábica atingiu BRL 1.214/saca (60 kg), alta de 17% em relação ao mês anterior. Enquanto isso, o café conilon atingiu níveis recordes acima de BRL 1.000/saca, 23% maior em relação ao mês anterior e um impressionante aumento de 65% em relação ao ano passado.

Incertezas sobre a oferta de café robusta, principalmente devido ao clima seco no Vietnã (o maior produtor global de café robusta), atraíram fundos não comerciais para o mercado de café, elevando, assim, os preços internacionais. Nas últimas semanas, com o início das chuvas e previsões de clima otimistas para o Vietnã, o mercado de café se acalmou.

Durante maio, os preços domésticos de café depreciaram em média 8% e 13% para arábica e conilon, respectivamente. No curto prazo, esses fatores devem contribuir para a
volatilidade dos preços. No entanto, o início da colheita brasileira pode limitar um pouco os preços.

Acompanhamento climático regional

Em abril, ocorreram chuvas abaixo da média em todas as regiões de café arábica. No
entanto, isso não deve afetar tanto a produtividade. Vale ressaltar que a colheita está um
pouco mais antecipada este ano. Na região de café arábica, a Zona da Mata Mineira está
mais avançada do que outras regiões. É esperado que a colheita ganhe tração nas próximas semanas.

Já nas áreas de conilon, a colheita está a todo vapor. Relatórios preliminares indicam uma queda no rendimento, mas isso é normal para as primeiras amostras de café. Será importante monitorar a situação futuramente. O clima mais seco deve favorecer o progresso da colheita e a qualidade do café nos próximos meses.

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