Em virtude da constante modernização na agricultura, exige-se que o produtor obtenha cada vez mais tecnologias inovadoras para acompanhar todo o processo produtivo e, consequentemente, obter maior produtividade, aliado ao menor custo de produção. Essas tecnologias contribuem fielmente para o aumento da rentabilidade da produção, já que visam encontrar os principais riscos existentes nas lavouras e, de forma específica, diminuí-los ou até mesmo extingui-los.
Essa redução de custos é feita com gerenciamento de informações, utilizando tecnologias de sensoriamento remoto e Global Positioning System (GPS), com computadores, tablets e máquinas de última geração, visando sempre áreas específicas.
A partir dessas tecnologias, consegue-se ter um maior conhecimento por meio do monitoramento remoto da lavoura, capturando dados cada vez mais precisos e específicos sobre solo, clima, infestação de pragas, daninhas e plantio, evitando desperdícios e, consequentemente, levando à maior obtenção de lucro.
Essas técnicas contribuem não só para a diminuição de custos na lavoura, mas também para a conservação ambiental, já que o uso irracional e exacerbado de insumos e adubos químicos em toda a área diminui, pois serão aplicados somente em locais específicos e onde há necessidade, demonstrando assim que a agricultura de precisão é uma forte aliada da preservação ambiental, contribuindo para assegurar que os recursos naturais sejam menos degradados, atendendo as exigências da sociedade atual por uma maior conservação dos recursos.
Inovações
Dentre algumas das novas técnicas usadas na agricultura de precisão para auxiliar na produção, pode-se citar: taxas variáveis, com a análise de dados por meio de mapas de produtividade, em que o produtor pode regular a aplicação de insumos, corretivos, fertilizantes, dentre outros, dependendo da necessidade do solo.
Há, ainda, os sensores remotos que utilizam aviões e satélites para levantar dados e a utilização de software, como por exemplo, mapas de calor de pontos, com uma maior infestação de pragas em propriedades agrícolas. Com o uso de tablets é possível verificar o local onde há uma maior necessidade de aplicação de defensivos, evitando assim o desperdício.
Tendência
A agricultura de precisão tem se expandido de forma significativa e vem cada vez mais ganhando espaço no meio rural – isso não só no Brasil, mas no mundo inteiro. Essa expansão da agricultura de precisão, juntamente com a valorização das principais comodities agrícolas, como: soja, milho, arroz, café, algodão, trigo, cana-de-açúcar, tem puxado a necessidade de uma produção com regras socioambientais mais rígidas, que beneficiem não só a renda do produtor, mas também o meio ambiente.
Como reflexo, há menos desperdício em um espaço limitado para a produção e, desse modo, atualmente as lavouras agrícolas mais beneficiadas com a agricultura de precisão são as grandes culturas e/ou comodities, que requerem grandes áreas de produção e necessitam do auxílio das tecnologias para serem manejadas de forma eficientemente rápida para evitar a presença de intempéries que possam prejudicar a produtividade.
Porém, não somente as grandes comodities agrícolas são beneficiadas com esse sistema de gestão agrícola de precisão. Qualquer cultura que conte com manejo de solo, clima e os demais, pode ser beneficiada com o uso destas tecnologias, sendo notado já a presença desta na olericultura, silvicultura e também no manejo de culturas perenes.
Manejo
O manejo na agricultura tem como ponto principal o conceito de que as áreas são desuniformes. Cada área tem sua singularidade e diferença das demais, portanto, busca-se levar em consideração o manejo de cada uma, otimizando e aproveitando-as da melhor maneira possível.
Para que a técnica da agricultura de precisão seja implantada, necessita-se de diversas estratégias e recursos que suportarão essa nova tecnologia. Com a aquisição de novas máquinas e tecnologias, surge a necessidade também de mão de obra qualificada para manusear de maneira precisa todo esse mundo de novidades.
Em um primeiro momento, é preciso ter conhecimento de onde e quando aplicar as técnicas, por exemplo: realizar análises de solo em toda a área, para que no fim se possa medir a qualidade dos resultados, ou seja, definir primeiro as metas para que no fim os resultados sejam mensurados.
Posteriormente, é preciso definir que equipamentos (máquinas e dispositivos de inteligência) deverão ser adquiridos, para que seja realizada a coleta e a consequente análise de dados e informações. Após a garantia desse suporte tecnológico, define-se de que forma essas informações serão visualizadas e analisadas, ressaltando o fato de que esses dados devem ser interpretados de forma precisa, segura, rápida e estarem disponíveis para acesso a todo momento.
A posteriori, é de suma importância a organização, para que haja a valorização da inovação predisposta e a capacitação das equipes envolvidas nesta área, para que somente assim sejam garantidos resultados benéficos e faça valer o investimento (Bernardes, 2017).
Direto ao ponto