Resíduos de agrotóxicos em alimentos estão dentro do limite permitido, diz Tereza Cristina

Segundo ministra da Agricultura, 97% de todas as amostras analisadas em 2018 pelo Plano Nacional de Controle de Resíduos estavam dentro da conformidade

Em Comissão de Defesa do Consumidor realizada na quarta-feira (30), na Câmara dos Deputados, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou que 97% dos alimentos brasileiros estão dentro dos limites permitidos pelo Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes (PNCR), órgão administrado pelo próprio Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

“De todos os produtos que foram analisados, 97% estavam dentro da conformidade dos limites mínimos de resíduos”, explicou Tereza Cristina ao se referir a dados coletados no ano de 2018 e que ainda serão inteiramente divulgados, de acordo com a Agência da Frente Parlamentar da Agropecuária.

Segundo a agência, dos 382 pesticidas registrados em 2019, 214 são para uso industrial, não sendo aplicados nas lavouras, além de a maioria ser produto genérico e/ou equivalente, o que significa que não são novas moléculas inseridas no Brasil.

Durante a Comissão, a ministra da Agricultura defendeu a modificação da legislação de pesticidas, uma vez que um registro de produto novo leva de seis a oito anos para ser finalizado, e a indústria precisa investir, em média, US$ 200 milhões para chegar no ponto de registro de uma nova molécula.

“A lei é moderna. Essa nova reclassificação contida no projeto de lei está de acordo com organismos internacionais para se fazer análise de risco. Queremos que ela seja discutida porque vai dar muito mais segurança ao consumidor e ao produtor rural”, disse, ao se referir a um parâmetro adotado por vários países para registro de pesticida.

O ministro da Saúde, Luiz Mandetta, também esteve na Comissão e concordou com Tereza Cristina quanto à importância de equiparar as análises a índices internacionais. “Existe uma tendência de se tentar padronizar essa classificação para se comparar com bases iguais. É a classificação que o Brasil adotou em função de acordos internacionais”, ele falou.

Mandetta, durante sua fala, também afirmou que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) monitora o limite de agrotóxicos nos alimentos. No entanto, desde 2016, o Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos (PARA) da Anvisa não divulga dados e o último relatório publicado se refere ao período de 2013 a 2015.

Fonte: Globo Rural

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