Ministério da Agricultura estabelece plano de florestas plantadas

O projeto tem a meta de ampliar a área de produção florestal em 2 milhões de hectares até 2030, o que representa aumento de 20% sobre a área atual

O Ministério da Agricultura aprovou o Plano Nacional de Desenvolvimento de Florestas Plantadas (PNDF). Decisão nesse sentido está publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (5/6), por meio da Portaria números 111, assinada pela ministra Tereza Cristina. De acordo com a portaria, a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Florestas Plantadas do Ministério da Agricultura será responsável por monitorar, avaliar e atualizar o plano.

O projeto tem a meta de ampliar a área de produção florestal em 2 milhões de hectares até 2030, o que representa aumento de 20% sobre a área atual, informa o ministério, em comunicado. O coordenador-geral de Apoio à Comercialização da Agricultura Familiar, João Fagundes Salomão, destacou na nota que o setor de florestas plantadas está em expansão no Brasil e pode se firmar como uma atividade agrícola que protege os recursos naturais.

Ele acrescentou que mais da metade da área de florestas plantadas tem culturas certificadas internacionalmente, que observam a questão do manejo sustentável, da preservação de recursos naturais e adotam boas práticas socioambientais e trabalhistas.

“O setor de florestas plantadas também preserva. Cerca de 90% de toda a madeira para fins industriais em todo o Brasil vem de florestas plantadas. Isso diminuiu muito a pressão sobre as florestas primárias, é uma forma indireta de preservar”, disse Salomão.

Segundo o Instituto Brasileira de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tem cerca de 10 milhões de hectares de árvores plantadas. Desse total, 6 milhões de hectares são destinados à conservação, somando áreas de restauração, preservação permanente (APP), reserva legal (RL) e Reserva Particular do Patrimônio Natural.

Mapeamento do setor mostra que 35% das áreas de florestas plantadas no Brasil são de propriedade das indústrias de celulose e papel; 13% siderurgia e carvão vegetal; 6% painéis de madeira e pisos laminados; 9% investidores financeiros; 30% produtores independentes; 4% produtos sólidos de madeira; 3% outros.A produção florestal brasileira fica atrás apenas da soja, das carnes e do setor sucroalcooleiro e representa hoje 6,1% da Produção Interna Bruta (PIB) Industrial do País.

Fonte: Globo Rural

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