Mercado de cápsulas e cafés especiais da 3 Corações deve crescer 20%

A 3 Corações espera um crescimento entre 3% e 5% nas vendas neste ano em relação a 2018, quando o faturamento foi de R$ 4,8 bilhões. Só no mercado de cápsulas de café, a expectativa é de uma elevação de mais de 20% nas vendas. Já no segmento de torrado e moído, a expansão deve ser de menos de 10%, afirmou, nesta quarta-feira (29/5), o presidente da empresa, Pedro Lima.

“Nossa expectativa é manter um Ebitda de 10% e chegar a um faturamento de mais de R$ 5 bilhões. Nossa liderança ainda é frágil, porque 27% de market share é frágil, mas a gente vem se sustentando e criando valor para o consumidor”, disse o executivo, em conversa com jornalistas depois de participar de um dos paineis de debate no 8º Coffee Dinner & Summit, promovido pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (CeCafé), em São Paulo (SP).

Lima afirmou que, de um modo geral, o consumo de café no Brasil vem se mantendo positivo. Segundo o executivo, a 3 Corações conseguiu cumprir suas metas de resultado no primeiro trimestre de 2019. Para o restante do ano, a expectativa é de um crescimento de demanda dentro de padrões considerados normais, até porque a atual situação econômica não permite expansão maior.

Diante deste cenário, Lima acredita que o consumo de cafés especiais deve crescer em torno de 20% neste ano. Mas lembra que a base desse segmento é menor em relação ao todo do mercado, o que abre espaço para um ganho maior de espaço. Ao mesmo tempo, tem melhorado a qualidade dos cafés mais tradicionais, o que tem agradado o consumidor que procura uma bebida para o dia a dia.

“O inverno também não está bom e isso repercute no consumo. Eu tenho um otimismo de que vamos ter um crescimento nada extraordinário. E os movimentos de consumo são naturais”, avaliou. “Quem vai pagar R$ 20 em 250 gramas de café? Só um público seleto. O café tradicional, eu entendo que no Brasil, a curto prazo e a médio prazo, vai estar muito bem posicionado”, acrescentou.

Baixos preços
Pedro Lima avaliou que o atual cenário de preços baixos do café reflete em toda a cadeia produtiva, porque desestimula o produtor a investir nas lavouras e pode ter efeito sobre a produtividade. Em relação à oferta atual, afirmou ainda não ter percebido uma queda na qualidade, apesar dos relatos de produtores de perdas em função de chuvas em algumas regiões produtoras.

“Nosso time ainda não está percebendo se isso é uma coisa generalizada. A situação hoje é preço. Somos um grande produtor de café e esses preços estão no limite. O produtor está sofrendo muito para produzir o café com os preços de hoje. Como ele vai garantir qualidade e manter a fazenda com produtividade se não tem uma remuneração boa?”, questionou.

Fonte: Globo Rural

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