Os contratos futuros do café arábica operam com leve alta nesta tarde de quarta-feira (18), na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). O mercado realiza ajustes técnicos ante as perdas da véspera e acompanha informações do Brasil.
Por volta das 12h35, os lotes com vencimento para dezembro/19 subiam 35 pontos, a 100,70 cents/lb e o março/19 anotava 104,30 cents/lb com avanço de 35 pontos. O contrato maio/19 anotava 106,60 cents/lb com ganhos de 30 pontos.
O mercado do arábica na ICE realiza ajustes técnicos na sessão desta quarta depois de cair quase 400 pontos na véspera. Além dos ajustes, segundo agências internacionais, operadores externos também seguem atentos com a oferta.
Diversas áreas do cinturão produtivo de café do Brasil estão sem chuva há meses e com altas temperaturas. Esse cenário ocorre em um momento próximo das principais floradas da safra comercial 2020/21. As atenções para a próxima temporada também estão na ferrugem.
“A situação das lavouras está ficando bastante complicada. As temperaturas estão altas e há falta de chuvas, o que faz com algumas lavouras já comecem a murchar. Se não tivermos precipitações até o final da próxima semana a situação fica muito catastrófica”, afirma o engenheiro agrônomo e pesquisador da Fundação Procafé, Alysson Fagundes.
A próxima safra de café do Brasil tende a ser de bienalidade positiva, ou seja, mais alta do que a que acabou de ser colhida, mas diante das recentes condições do tempo, a situação preocupa. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou nesta terça-feira (17) que a safra de 2019 teve produção de 48,99 milhões de sacas de 60 kg beneficiadas.
No Brasil, no último fechamento, o tipo 6 duro era negociado a R$ 440,00 a saca de 60 kg em Guaxupé (MG) e em Poços de Caldas (MG) estavam valendo R$ 422,00.