Ferrugem da soja (Phakopsora pachyrhizi)
Culturas Afetadas: Soja, Trigo
A doença é causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, sendo, hoje, uma das doenças que mais têm preocupado os produtores de soja. O seu principal dano é a desfolha precoce, impedindo a completa formação dos grãos, com conseqüente redução da produtividade. O nível de dano que a doença pode ocasionar depende do momento em que ela incide na cultura, das condições climáticas favoráveis à sua multiplicação. Os danos podem chegar a cerca de 70%. A doença foi diagnosticada pela primeira vez no Brasil em 2001. Devido à facilidade de disseminação do fungo pelo vento, a doença ocorre em praticamente todas as regiões produtoras de soja do país.
Danos: A doença apresenta-se inicialmente por pequenas pontuações de coloração mais escuras que o tecido foliar superior. Na parte inferior da folha, observam-se pequenas verrugas, chamadas de urédias, que é o local onde o fungo produz os seus esporos (uredósporos). Posteriormente, a coloração dessas urédias passa de castanho-claro para castanho-escuro e o tecido foliar nessa região vai ficando castanho-claro.
Controle: A obtenção de cultivares resistentes para a ferrugem da soja é um processo muito difícil, devido à alta variabilidade do fungo. Existem inúmeras raças de P. pachyrhizi, estudos realizados no Japão identificaram 18 raças do patógeno, para as condições daquele país. Assim um cultivar descrito como resistente pode ter essa resistência quebrada facilmente. O controle químico tem-se mostrado a medida mais eficiente de controle da doença. No auxílio dessa prática de controle devem-se evitar o plantio em épocas favoráveis a doença, o uso de cultivares precoces, para que o fungo não ataque plantas muito jovens, aumentando assim a severidade, e fazendo o diagnóstico mais precoce possível da ocorrência da doença na lavoura. O controle de plantas invasoras também é importante, pois P. pachyrhizi, além da soja, parasita outras espécies de plantas inclusive daninhas.