Café, cacau e açúcar abriram o dia com aumento nas cotações
A abertura do pregão na bolsa de Nova York nesta sexta-feira oscila para cima em mais um dia para café, cacau e açúcar. O clima é o principal fator para as altas nas cotações.
Para os contratos de cacau de dezembro, a alta é de 1,34%, para US$ 7.041 a tonelada, sem mudanças nos fatores técnicos e ainda com projeções climáticas voláteis nos principais produtores da África.
A mesma volatilidade pesa a favor dos preços dos lotes de café de setembro, os mais negociados, e que subiram 0,48%, chegando a US$ 2,4105 por libra-peso, alta que favorece as negociações para o produtor. Por outro lado, os estoques globais seguem baixos.
De acordo com Marcus Magalhães, sócio da MM Café, as lavouras onde houve geada e que chegaram a zero grau podem ir nos próximos dias a 40 graus, evidenciando que a amplitude térmica tem sido um pesadelo para o cafeicultor, pois deixa cada vez mais incerta a safra 2025/26.
“Deve haver mais 30 dias de seca nas praças cafeeiras, só chove no sul baiano. Há lavouras depauperadas, mesmo as que possuem irrigação. O cenário a médio e longo prazo com volatilidade e adrenalina”, diz ele.
Nas negociações do açúcar, com as incertezas sobre a oferta global e a safra brasileira, quanto irá para a produção de etanol, faz com que o movimento de alta aconteça sobre os lotes de outubro, de maior liquidez no momento, operem a 18,09 centavos de dólar por libra-peso, subida de 1,17%.
Na contramão da manhã em NY está o algodão, que recuou 0,74% e está precificado a 65,85 centavos de dólar por libra-peso para os papéis de outubro, diante de boas perspectivas de safra da pluma nos principais produtores mundiais.