Café ganha isenção de tarifas dos EUA em nova ordem executiva presidente Donald Trump.

Fonte: Revista Cafeicultura

O mercado de café recebeu uma notícia positiva nesta semana: os Estados Unidos anunciaram a isenção de tarifas para a importação de café e cacau, em decisão assinada pelo presidente Donald Trump. Conforme informações publicadas no site Just Food, a medida, em vigor desde o dia 8 de setembro, faz parte de uma ordem executiva que revisa as tarifas aplicadas a países considerados “parceiros alinhados” e reconhece a impossibilidade de produção doméstica de alguns produtos.

A ordem executiva estabelece critérios de reciprocidade em acordos comerciais, permitindo que países produtores, como o Brasil, tenham tarifas zeradas para o café, desde que atendam aos interesses nacionais americanos.

Segundo a Casa Branca, a decisão busca garantir o acesso a itens essenciais que não podem ser cultivados ou produzidos em escala suficiente nos EUA, como é o caso do café. Além do grão, outros produtos agrícolas também foram contemplados pela medida, entre eles frutas tropicais como bananas, abacates, mangas, mamões e kiwis, além de especiarias como canela, cardamomo, cúrcuma, cravo, noz-moscada e pimenta.

A isenção representa um alívio para a cadeia global do café, especialmente para países produtores como o Brasil, maior exportador mundial. O setor vinha acompanhando com atenção os impactos das tarifas impostas em diferentes segmentos do comércio internacional, temendo que o café pudesse ser incluído na lista.

Para a associação norte-americana Consumer Brands Association (CBA), que representa empresas como PepsiCo, General Mills e Mondelēz International, a medida reconhece a escassez de determinados insumos e a necessidade de mantê-los acessíveis à indústria de alimentos e bebidas. “Determinados ingredientes simplesmente não estão disponíveis nos Estados Unidos devido às condições climáticas e geográficas”, destacou a entidade.

Com o novo cenário, o café e outras culturas tropicais ganham maior competitividade no mercado americano, abrindo espaço para manter e até ampliar a presença dos produtores brasileiros no maior país consumidor da commodity.

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