Um caso de Peste Suína Africana (PSA) confirmado na última sexta-feira (11) pela Alemanhã, mudou os rumos do mercado de carne suína mundial. Isso porque o país europeu é um dos grandes produtores e vendia para a China cerca de 14% do que os chineses consumiam, algo em torno de US$ 500 milhões somente nos quatro primeiros meses deste ano. No primeiro semestre seguiram 380,17 mil toneladas de carne de porco para a China. Com o surto e mais animais encontrados mortos na mesma região alguns países como Japão, Coréia do Sul, Argentina, Brasil e a China suspenderam as importações de carne suína alemã. Em 2018, a Alemanha exportou um total de 892 mil toneladas de carne suína, sendo considerado o principal exportador europeu, com 23% do total. Com a suspensão os chineses podem olhar para a produção brasileira que está em alta. No primeiro semestre deste ano o Brasil vendeu 230 mil toneladas de carne de porco para a China, um avanço de 150%, conforme a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Somente em agosto foram embarcadas 98,5 mil toneladas, avanço de 89,2% em relação ao mesmo mês do ano passado. Também é possível que os preços melhorem no mercado chinês mas há cenários a serem observados. Estados Unidos, Brasil, Espanha, Dinamarca e Holanda também podem experimentar um aumento no comércio. “Temos em um primeiro momento um limitador, que é o número de plantas habilitadas. As plantas que vendem para a China, já estão com muita capacidade utilizada para atender a demanda daquele país”, disse à Reuters o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin. Atualmente 16 unidades frigoríficas são autorizadas para embarcar carne de porco. Autoridades do Estado alemão de Brandemburgo, onde o javali foi encontrado morto, colocaram em quarentena uma área de 15 quilômetros para buscar mais animais mortos e isolar as fazendas produtoras. Fonte: Agrolink