Baixa oferta de pasto impacta escore corporal.

Fonte: Agrolink

Produtores gaúchos recorrem à suplementação na bovinocultura de corte.

A condição corporal dos rebanhos de corte no Rio Grande do Sul tem variado conforme o acesso às pastagens de inverno e aos recursos de suplementação disponíveis nas propriedades. É o que aponta o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (17) pela Emater/RS-Ascar.

De acordo com o boletim, nas regiões onde predominam campos nativos e pastagens de verão, o escore corporal dos animais registrou queda, especialmente nas propriedades que não contam com silagem ou forrageiras implantadas. “Nessas áreas, os pecuaristas lançaram mão da suplementação com feno, pré-secado, silagem e sal proteinado”, informou a Emater. Em algumas localidades, também houve redução do rebanho por meio da venda de animais, como forma de equilibrar a lotação das pastagens disponíveis.

Nas propriedades com pastagens de inverno bem estabelecidas ou em sistemas de integração lavoura-pecuária (ILP), a manutenção e até a melhora da condição corporal dos animais permitiram o abate e o bom desempenho dos lotes em fase de recria e terminação.

Na região de Bagé, o boletim relata que o ganho de peso ficou abaixo do esperado. Na Fronteira Oeste, a alimentação dos animais tem sido complementada com fardos de palha de arroz. Já em São Gabriel, foram registradas as primeiras parições da temporada. “Em propriedades menores, observamos a tentativa de reduzir a lotação, enquanto em unidades mais tecnificadas houve reforço com silagem ensacada, feno e pré-secado”, informou a Emater/RS-Ascar.

No relatório da região de Caxias do Sul, a sanidade do rebanho foi considerada adequada, porém o estado corporal foi prejudicado em áreas sem silagem. Nessas propriedades, o fornecimento de sal proteinado foi direcionado principalmente a touros e vacas prenhes.

Em Erechim, os rebanhos apresentam condição corporal satisfatória, apesar da menor oferta de pasto nas áreas de verão e de campo nativo. Em locais com alta lotação animal, a queda de peso foi compensada com o uso de silagens e concentrados, além do manejo em pastagens de inverno já disponíveis.

A unidade de Frederico Westphalen reportou uso de suplementação alimentar como medida para conter a perda de peso dos animais. O clima seco contribuiu para a execução de manejos sanitários, como desvermifugação e vacinação.

Em Passo Fundo, a ocorrência de geadas comprometeu a oferta de pastagens, provocando queda de peso nos lotes a pasto. Nessas condições, houve necessidade de suplementação alimentar. Os animais em confinamento mantiveram a condição corporal. Em propriedades onde o pastejo foi inviabilizado, foi registrada a venda dos lotes.

A Emater ainda apontou que, na região de Pelotas, a condição corporal segue em queda, influenciada pelas baixas temperaturas e oferta limitada de forragem. “Os produtores das áreas de campo nativo têm fornecido sal mineral proteinado para preservar a reserva corporal dos animais”, destacou o informativo.

Na regional de Santa Maria, o crescimento lento das pastagens afetou o ganho de peso dos animais. O desmame e a comercialização de terneiros continuam, assim como os diagnósticos de gestação.

Na área de Santa Rosa, o manejo e o bem-estar dos animais foram favorecidos pelas condições climáticas, mas observou-se tendência de queda no escore corporal em propriedades sem forrageiras de inverno. Em contraste, nas áreas com integração lavoura-pecuária, os animais apresentaram ganho de peso e foram destinados ao abate ou alocados em pastagens cultivadas de inverno para manutenção da condição corporal.

Por fim, na região de Soledade, segue o período de parição e os terneiros continuam ganhando peso. O estado corporal dos animais foi considerado adequado devido ao pastejo nas áreas de aveia.

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