Por Notícias Agrícolas:
O mercado futuro do café arábica encerrou o último pregão da semana com desvalorização para os principais contratos na Bolsa da Nova York (ICE Future US).
Dezembro/23 teve queda de 115 pontos, negociado por 148,65 cents/lbp, março/24 teve queda de 115 pontos, valendo 149,80 cents/lbp, maio/24 registrou queda de 120 pontos, valendo 150,90 cents/lbp e julho/24 teve queda de 115 pontos, cotado por 151,60 cents/lbp. No acumulado semanal o contrato referência recuou 1,98% em Nova York.
“A colheita provocou algumas vendas de café no mercado à vista, à medida que os cafeicultores brasileiros vendem seus estoques atuais para abrir espaço para o café recém-colhido”, destacou a análise internacional do site Barchart.
Ainda assim, a semana ainda foi marcado por negócios mais lentos, também pelo feriado de 7 de Setembro. O produtor aguarda por novos patamares de preços, mas analistas são enfáticos em dizer que precisam participar do mercado para a margem não ficar ainda mais estreita, já que a tendência é de pressão com a entrada da safra brasileira.
A semana também foi marcada pelas condições do tempo no Brasil. As chuvas dos últimos dias levantaram algumas preocupações em relação à reta final da safra do Brasil – já com mais de 90% de área colhida. Além do El Niño que continua no radar e pode trazer novos altos e baixos para os preços.
“A queda dos estoques de café apoia os preços. Os estoques de café arábica monitorados pelo ICE caíram na sexta-feira para 450.153 sacas, o menor nível em nove meses e três meses”, complementa a análise internacional.
Na Bolsa de Londres, o tipo conilon encerrou com estabilidade nas principais referências. Novembro/23 finalizou o dia valendo US$ 2407 – sem variações, janeiro/24 teve queda de US$ 14 por tonelada, negociado por US$ 2311, março/24 teve queda de US$ 18 por tonelada, valendo US$ 2259 e maio/24 teve baixa de US$ 18 por tonelada, cotado por US$ 2240.
No acumulado semanal o contrato referência recuou 3,22% em Londres. Para o conilon, o mercado se ajusta após intensos dias de valorização no cenário internacional. A aproximação da safra do Vietnã – com início previsto entre as últimas semanas do mês e início de outubro, podem pressionar as cotações. Ainda assim, o mercado aposta em mais um mês de expressiva participação do Brasil nas negociações.
No Brasil, o mercado físico acompanhou e tede um dia desvalorização nas principais praças de comercialização do país.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 2,45% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 795,00, Poços de Caldas/MG teve queda de 1,19% em Poços de Caldas/MG, negociado por R$ 830,00, Machado/MG teve queda de 1,78%, cotado por R$ 830,00, Campos Gerais/MG teve queda de 2,34%, valendo R$ 835,00 e Franca/SP teve queda de 2,35%, valendo R$ 830,00.
O tipo cereja descascado teve queda de 3,19% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 850,00, Poços de Caldas/MG teve queda de 1,14%, valendo R$ 870,00 e Campos Gerais/MG teve baixa de 2,19%, cotado por R$ 895,00.