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setembro 19, 2024
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Preços do arroz devem cair aos consumidores em 2025, estima Conab

Expectativa de maior produção do cereal tranquiliza governo em relação ao abastecimento

A expectativa de aumento da área plantada de arroz e de incremento da produção brasileira do cereal na safra 2024/25 dá “tranquilidade” ao governo em relação ao abastecimento interno e à redução de preços desse produto aos consumidores finais, tema que preocupou o Executivo federal neste ano e respingou até na popularidade do presidente da República.

Segundo o diretor de Política Agrícola e Informações da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Sílvio Porto, as projeções apontam para a desconcentração da produção do cereal, com a retomada do plantio fora do Rio Grande do Sul, em Estados do Centro-Oeste, Norte, Nordeste e Sudeste.

“Esse aumento é muito significativo. Nos dá tranquilidade em relação ao abastecimento interno, à maior disponibilidade do produto e à redução de preços. É tudo que governo espera, que possamos ter preços aos consumidores em 2025 inferiores ao patamar vivido nos últimos cinco anos”, afirmou em evento online da estatal para apresentação das perspectivas oficiais para a safra 2024/25.

Segundo Porto, o recém-lançado programa “Arroz da gente” quer incentivar a retomada da produção de arroz em Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Pará, Rondônia e na região do Matopiba (confluência entre Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia).

Segundo ele, o movimento pode gerar melhor equilíbrio e maior produção. “[Podemos ter] uma racionalidade melhor na questão de abastecimento, a redução de custos logísticos em relação a distâncias entre produção e consumo. Tudo isso é muito relevante”, disse.

“Vamos trabalhar para promover esse processo de mudança dos sistemas alimentares brasileiros, para encontrar um equilíbrio maior entre a produção de commodities e, sobretudo, o avanço e a retomada da produção de alimentos básicos, garantindo alimentação saudável, assegurando que a população brasileira, sobretudo a de baixa renda, possa se abastecer de forma plena, com preço justo para redução da fome e redução das desigualdades regionais”, completou.

Estimativas

Para a safra 2024/25, a Conab estima um incremento de 11,1% na área plantada de arroz, chegando a 1,7 milhão de hectares, com perspectivas de o fenômeno climático La Niña ajudar na produção do Rio Grande do Sul. A estatal prevê aumento de 3,3% na produtividade, para 6,8 mil quilos por hectare. A produção é projetada em 12,1 milhões de toneladas, alta de 14,7% em relação à colheita de 10,6 milhões de toneladas em 2023/24

O aumento da produção já na safra passada deverá ajudar na recomposição do estoque de passagem. A expectativa é de elevação de 136,6%, chegando a 939,4 mil toneladas no final de 2024.

As exportações deverão aumentar, das 1,3 milhão de toneladas na safra 2023/24 para 2 milhões de toneladas em 2024/25. Com isso, a balança comercial do arroz voltará a ficar superavitária. Isso porque as perspectivas são de importação de 1,7 milhão de toneladas em 2024, número que deve cair para 1,4 milhão de toneladas em 2025.

Na questão dos preços, a Conab estima um cenário neutro. Para março de 2025, as cotações projetadas são de R$ 97,92 por saca, abaixo do valor de mercado atual, em torno de R$ 115.

“A redução dos preços vai refletir em menor rentabilidade, mas vai continuar sendo atrativa para o setor”, disse Sérgio Roberto dos Santos, gerente de Produtos Agropecuários da Conab.

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